segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Alfragide, Amadora: Maria Manuela Ambrósio foi assassinada pelo ex-marido José Henriques no Bairro do Zambujal


«Uma mulher, de 48 anos, foi assassinada, na Amadora, pelo ex-companheiro, taxista, com um tiro na cabeça, quando estava a abrir o café de que era proprietária. O agressor entregou-se depois à PSP.

O homicídio ocorreu pouco antes das oito horas de ontem, no Bairro do Zambujal (Amadora), e foi o próprio agressor quem deu o alerta à PSP, ao entregar-se na esquadra de Alfragide. Ali, confessou o crime e entregou a arma com que tinha cometido o crime.

Aparentemente, o agressor queria viver com a vítima, não obstante estarem separados há 11 anos, mas ela recusava. A arma do crime é um revólver calibre .22, ilegal.

A vítima, Maria Manuela Ambrósio, teve morte imediata. O homicídio apanhou toda a gente de surpresa, tanto mais que, como afirmou, ao JN, Isabel Ambrósio, irmã da vítima, "eles eram amigos. Saíam muito juntos. Chegavam a ir juntos às compras".

No entanto, o agressor, José Henriques, taxista de 50 anos, queria viver com a ex-companheira. "Mas a minha irmã não queria", diz Isabel. Manuela, de alcunha "Xoxó", tinha vivido com José, de quem teve uma filha em comum, hoje com 19 anos. Mas há 11 anos separaram-se.

Tinham, porém, uma relação de amizade, encontrando-se com frequência.

"Ainda no sábado tinham estado juntos na festa de aniversário de uma sobrinha", adiantou um familiar ao JN.

Mas a relação não era isenta de problemas. "Ele ameaçou-a de morte várias vezes. Dizia que tinha uma arma e que a matava", recordou Filomena Vargas, que conhecia ambos.

Manuela nunca ligou e dizia que aquilo não era nada, nunca tendo apresentado queixa às autoridades.

O caráter de José Henriques, que Filomena diz ser "um bom homem e muito trabalhador", ter-se-á alterado na sequência de um internamento devido a um problema de pulmões. "Tinha saído há dois meses do hospital", contaram.

A rotina de sair com a antiga companheira manteve-se e era visto também com frequência no café de Manuela, de nome "Café da Nela".

"Ainda anteontem lá tinha estado", recordou João Silva, que o via muitas vezes no estabelecimento. "Não notei nada de diferente nem de estranho no comportamento dele", acrescentou o amigo.

Mas este domingo de manhã, pouco depois do homicídio, Vítor Silva veio a saber por um vizinho que o agressor fora visto "dentro do carro, em frente à porta de casa da "Xoxó". Foi visto já de madrugada. Deve ter passado lá a noite".

Horas depois, fora ter com ela à porta do café, quando Manuela estava ainda a subir o gradeamento.

Houve uma discussão, o taxista matou-a e foi entregar-se à PSP.»


Fonte: JN online, 13-01-2014

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