«A alegada autora do homicídio de duas crianças ficou hoje em prisão preventiva a
aguardar julgamento, depois de ser ouvida pelo juíz de instrução do Tribunal de
Vila Franca de Xira, disse fonte judicial.
- Kely Alessandra Santos -
A mesma fonte disse que a mulher, mãe das vítimas, saiu antes das 13 horas do
Tribunal de Vila Franca de Xira, que esteve esta segunda-feira a funcionar como
tribunal de turno naquele círculo e onde esteve a ser ouvida toda a manhã.
A mãe das crianças, de 32 anos, foi detida no domingo à tarde por uma patrulha da GNR de Alenquer em Castanheira de Pera e entregue à Polícia Judiciária.
A mulher, que segundo os vizinhos estava com uma depressão e não saía de casa nem para levar as crianças ao médico nem ao infantário, tarefa que era assegurada pelo pai, terá aproveitado o facto de o marido ir trabalhar à noite para ficar sozinha com os menores.
Na quarta-feira, quando ocorreu o crime em Preces, no concelho de Alenquer, a alegada homicida terá também deixado um bilhete escrito por dentro da porta de entrada da habitação e ter-se-á colocado em fuga, tendo sido vista por moradores a sair a pé, de noite, pela estrada principal da aldeia, com uma mala de viagem.
A mulher telefonou para a sogra a dizer que tinha matado os filhos, de um e três anos, relataram os vizinhos e confirmou a GNR.
A familiar alertou de imediato os militares da GNR, que se deslocaram à habitação onde o casal residia e que, ao aperceberem-se da existência de fumo que saía pelo telhado da casa, alertaram os bombeiros.
As crianças foram resgatadas ainda com vida, mas acabaram por não resistir.
Os dois meninos terão sido fechados à chave pela mãe num quarto da casa, onde o fogo ficou confinado, depois de ter começado num monte de roupa e alastrado às camas.
Gertrudes Santos, proprietária da casa onde o casal vivia com os dois filhos, explicou à agência Lusa que a família vivia com "muitas dificuldades económicas", motivo pelo qual há um ano tinha emprestado a habitação para morarem por não conseguirem pagar a renda numa outra casa que chegaram a habitar.
Os progenitores tinham-se juntado há cerca de três anos, mas, segundo os vizinhos, tinham problemas conjugais e já tinha havido ameaças de separação.»
in JN online, 24-12-2012
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