quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Tribunal de Serpa: João Cotovio, homicida confesso de João Aperta, cabo da GNR na reserva, fica em prisão preventiva




«João Cotovio, o homicida confesso de João Aperta, cabo da GNR na reserva, vai ficar em prisão preventiva, decretou, esta quinta-feira, o Tribunal de Serpa. É suspeito de ter assassinado a sangue frio, com um tiro na cabeça, o ex-militar, por motivos passionais.


 - João Cotovio à entrada no tribunal -


O individuo de 34 anos, natural de Moncorvo e residente em Serpa, vai aguardar julgamento em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional Regional de Beja, onde esta quinta-feira deu entrada cerca das 17 horas, acusado dos crimes de homicídio qualificado e posse ilegal de arma.

João Cotovio, arrendatário do "Café Santa Bárbara", localizado no Largo da Cruz Nova, no centro de Serpa, foi detido na aldeia de Pias, a cerca de 15 quilómetros de Serpa, para onde fugiu e se refugiou em casa de um amigo, depois de ter alegadamente disparado sobre João Aperta, ex-GNR a trabalhar como mecânico de automóveis numa oficina a cerca de 15 metros do estabelecimento do alegado homicida.

O crime ocorreu na sequência de várias desavenças entre os dois homens, por motivos passionais. Cotovio vivia maritalmente com Maria do Carmo, 22 anos mais velha do que ele e que com explorava o estabelecimento. Mas Aperta manteria também uma relação com a mesma mulher.

No domingo, véspera do crime, de acordo com uma testemunha ouvida pelo JN, no interior do café, João Aperta e João Cotovio tiveram uma discussão, tendo o primeiro dito que "o regava com gasolina e lhe puxava fogo", a que o segundo respondeu de que "se não me regares hoje, mato-te primeiro". E foi o que veio acontecer na noite de segunda-feira.

Munido de uma carabina de calibre 22, Cotovio esperou escondido que Aperta deixasse o café na companhia da mulher e disparou contra o rival. Depois de vários disparos feitos pelos dois homens, o mecânico foi atingido numa perna ficando caído na rua, situação que o homicida confesso aproveitou para desferir, à queima-roupa, um tiro na cabeça do ex-GNR.

Depois de disparar sobre o opositor João Cotovio fugiu, acabando por ser localizado em Pias, a cerca de 15 quilómetros do local do crime. Militares do Destacamento de Intervenção da GNR cercaram o local e começaram as negociações para convencer o alegado homicida a entregar-se, o que ocorreu algumas horas depois, com João Cotovio a entregar-se à GNR sem oferecer resistência, tendo na sua posse a arma que utilizara no crime.

Depois de algemado foi transportado para o posto de Serpa e posteriormente deslocado para outra subunidade com melhores condições de segurança, onde depois foi inquirido pela Polícia Judiciária que passou a investigar o crime.»



Fonte: JN online, 26-12-2013

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Serpa: Detido suspeito de matar a tiro cabo reformado da GNR



«Um cabo da GNR reformado, de 55 anos, foi morto segunda-feira à noite em Serpa após uma troca de tiros, ao que tudo indica, por razões passionais. O suspeito, que usou uma carabina, foi detido esta terça-feira pela GNR numa casa abandonada, em Pias, após ter estado cercado durante algumas horas.

A GNR cercou uma casa, na rua Timor-Lorosae, em Pias, a cerca de 15 quilómetros de Serpa, onde se refugiou o homem suspeito de matar, a tiro, um reformado da GNR, na noite de segunda-feira.

A entrada dos elementos do destacamento de Intervenção da GNR de Beja entraram na casa às 11.50 horas, após algumas horas de negociação com o indivíduo. A entrada dos guardas foi feita por uma porta lateral e detiveram o suspeito sem que este tenha oferecido resistência.

O crime ocorreu cerca das 22.30 horas de segunda-feira, no Largo da Cruz Nova, em Serpa. O suspeito, de 34 anos, terá esperado que a mulher, com quem vivia maritalmente, e a vítima saíssem de um café para disparar.

Na troca de tiros, o antigo guarda, que atualmente trabalhava como mecânico, ficou ferido numa perna sendo depois atingido na cabeça com um tiro de uma carabina de calibre .22.

A mulher refugiou-se na casa de uma vizinha e pediu ajuda da GNR.

O corpo da vítima foi levantado cerca das 3 horas desta terça-feira e o autor do crime fugiu e encontra-se ainda em fuga.»


Fonte: JN online, 24-12-2013

Serpa: Cabo da GNR reformado, de 55 anos, morto a tiro




«Um cabo da GNR reformado, de 55 anos, foi morto esta segunda-feira à noite em Serpa após uma troca de tiros que, tudo indica, tenha origem em razões passionais. O autor do crime, que usou uma carabina, fugiu e está a monte.

O crime ocorreu cerca das 22.30 horas, no Largo da Cruz Nova, em Serpa. O autor do crime, de 34 anos, terá esperado que a mulher, com quem vivia maritalmente, e a vítima saíssem de um café para disparar.

Na troca de tiros, o antigo guarda, que atualmente trabalhava como mecânico, ficou ferido numa perna sendo depois atingido na cabeça com um tiro de uma carabina de calibre .22.

A mulher refugiou-se na casa de uma vizinha e pediu ajuda da GNR.

O corpo da vítima foi levantado cerca das 3 horas desta terça-feira e o autor do crime fugiu e encontra-se ainda em fuga.»



Fonte: JN online, 24-12-2013

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Apelação, Loures: Homem encontrado morto com facada no peito



«Um homem foi encontrado morto, ao princípio da noite de segunda-feira, com um objeto espetado no peito, na sua casa na Apelação, concelho de Loures.

A Polícia Judiciária encontra-se já no terreno e abriu um inquérito, estando a investigar o motivo que levou à morte, havendo suspeitas de se tratar de um crime passional.

Segundo fonte da PSP citada pela Agência Lusa, a PJ ainda não fez qualquer detenção, estando a ouvir os supostos intervenientes no incidente.»



Fonte: JN online, 17-12-2013

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Moçambique: Português assassinado perto de Maputo


«Um cidadão português foi assassinado, na noite de terça-feira, em Maputo, disse à Lusa o Cônsul Geral de Portugal no país, Gonçalo Teles Gomes.

"Posso confirmar a morte de um cidadão português em Maputo, mas não posso dar mais detalhes sobre o acontecimento, porque a família pediu reserva", disse Gonçalo Teles Gomes à Lusa. Gonçalo Teles Gomes adiantou que a polícia moçambicana já está a investigar o homicídio.
O canal privado ‘STV’ noticia, esta quarta-feira, que o cidadão português foi assassinado por desconhecidos na sua residência no Bairro dos Pescadores, arredores de Maputo.
A vítima morreu na sequência de golpes de instrumentos contundentes desferidos pelos alegados autores do homicídio, adianta a ‘STV’.
DOIS DETIDOS APÓS HOMICÍDIO
O Governo português vai apoiar o repatriamento do corpo do cidadão assassinado na noite de terça-feira em Maputo, Moçambique, disse à Lusa o secretário de Estado das Comunidades, que adiantou que a polícia já deteve duas pessoas.
Em declarações à Lusa, José Cesário afirmou que o ministério dos Negócios Estrangeiros já está em contacto com a família do homem, natural da zona centro de Portugal.
O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas referiu que a polícia moçambicana está a "investigar as circunstâncias em que o assassínio decorreu" e adiantou que já foram detidas duas pessoas "que estariam, em princípio, na casa aquando do delito: o guarda da casa e uma senhora".
Cesário disse que "aparentemente" terá ocorrido um assalto à casa do português, mas afirmou desconhecer se "o móbil foi exclusivamente o assalto ou outro qualquer", algo que "a polícia terá de apurar".
O governante afirmou que vão agora ser realizadas as diligências para se repatriar o corpo para Portugal, em articulação com a família da vítima. "Daremos o apoio possível e necessário", garantiu José Cesário.»


Fonte: CM online, 11-12-2013

Venezuela: Comerciante português Richard Abel Fernandes Figueira assassinado em Caracas por três ladrões armados


«Três homens fortemente armados assassinaram um comerciante português de 32 anos em Caracas para roubar a carrinha em que circulava, informou, esta quarta-feira, a polícia venezuelana.

Segundo fontes policiais, o português Richard Abel Fernandes Figueira, foi intercetado em La Castellana (leste de Caracas), quando circulava com a sua noiva, uma jornalista de uma rádio local, pelas 21 horas locais de terça-feira (1,30 horas desta quarta-feira em Lisboa).

Os assaltantes apoderaram-se da viatura em que circulavam e levaram o casal até à avenida Boyacá (norte de Caracas), onde depois deram um tiro no comerciante português, abandonando a mulher na estrada.

Uma equipa da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar) que passava pelo local encontrou o casal e transportou o comerciante até ao Hospital Vargas, onde deu entrada sem vida.

As investigações estão a cargo do Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas.»



Fonte: JN online, 11-12-2013

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Golegã, Santarém: Padre António Júlio Santos suspeito de abusar de escuteira em acampamento


«Diocese afasta pároco da Golegã e Corpo Nacional de Escutas confirma denúncia. Judiciária investiga mesmo sem queixas.






O padre António Santos, de 46 anos, foi suspenso pela diocese após denúncia de alegados abusos sexuais num acampamento de escuteiros de que foi assistente espiritual. Dirige três paróquias na Golegã.

O sacerdote foi visto pela última vez por um paroquiano, na Golegã, em meados de novembro, quando metia malas no carro. Perguntaram-lhe se ia haver missa às seis da tarde, ao que ele respondeu: "Não, estou indisposto". E nunca mais foi visto. 

Estava mais ou menos dado como desaparecido pela população, entre rumores dos alegados abusos , quando, na quinta-feira, um comunicado da diocese de Santarém e uma notícia do jornal local "O Mirante" vieram acabar com as poucas dúvidas quanto à natureza do seu desaparecimento. A diocese anunciou a abertura de "um processo canónico de averiguações" e informou que está "disponível para colaborar em tudo com as instâncias civis" e "próxima dos jovens e das suas famílias".»



Fonte texto: JN online, 06-11-2013
Imagem in Correio da Manhã online, 06-11-2013

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Jorge Estrela tentou matar a namorada Fernanda Pinto e a seguir suicidou-se perto de Vila Velha de Ródão




- Fernanda Pinto e Jorge Estrela -


«Jorge Estrela, 57 anos, não suportava a ideia de ter de se separar da namorada, 15 anos mais nova. Vivia desconfiado de que Fernanda Pinto teria outro homem e os conflitos entre o canalizador e a empresária, sua ex-patroa, agravaram-se desde que a mulher decidiu emigrar para França, onde já tinha trabalhado. Ontem, ofereceu-se para a levar de Tortosendo, na Covilhã, onde moravam, até ao aeroporto de Lisboa - mas tentou matá-la a tiro durante a viagem. E a seguir suicidou-se.

A Polícia Judiciária acredita que tudo terá sido planeado ao pormenor. Jorge ofereceu boleia a Fernanda até ao aeroporto, mas a sua intenção era impedi-la de partir. No Audi A3 que conduzia tinha já guardada a pistola de calibre 6.35 mm, pronta a disparar. Saíram de casa pelas 07h00.

A meio do caminho, em Peroledo, Vila Velha de Ródão, após uma discussão, o canalizador saiu da A23 para a EN3. Numa estrada de pouco movimento, encostou o carro na berma e, já no exterior, disparou dois tiros sobre a companheira, às 09h05. Uma bala acertou-lhe no peito e a outro na cara. Ato contínuo, fez mais dois disparos sobre si próprio. O primeiro atingiu-o na zona do peito, sem o matar. Mas o segundo, na cabeça, foi fatal.

Fernanda sobreviveu. Ainda conseguiu gritar por socorro quando passou um condutor, que alertou as autoridades. Internada nos Hospitais da Universidade de Coimbra, está livre de perigo. O caso está a ser investigado pela PJ do Centro.

"Corpos no chão junto ao automóvel"

Os investigadores ainda não conseguiram perceber o porquê do casal se encontrar na EN3. "Esta é uma via sem saída. Não sabemos se foi um engano no trajeto ou um desvio propositado", afirmou ao CM o major João Brito. O oficial de relações-públicas do Comando Distrital da GNR de Castelo Branco adiantou ainda que, à chegada da primeira patrulha, "os dois corpos estavam prostrados na estrada, perto do carro em que seguiam e que se encontrava estacionado na berma" da EN3.

"Ela era triste e ele um pouco arrogante"

"Eu não gostava da pinta dele. Era um pouco arrogante. E ela pareceu-me uma pessoa triste, que raramente se ria." Esta é a imagem que Gracinda Carvalho guarda de Jorge Estrela e de Fernanda Pinto - atirador e vítima - que há dez dias lhe arrendaram uma casa na vila de Tortosendo, no concelho da Covilhã.

O casal de namorados mudou-se para o número 68 da Estrada do Dominguizo há pouco mais 
de uma semana. Os vizinhos mal tiveram tempo de os conhecer. "Nem tivemos oportunidade de falar com eles. Vieram para cá há meia dúzia de dias e saíam de casa de manhã e só regressavam à noite", disse ontem ao CM Alfredo Louro, uma das últimas pessoas a ver o casal com vida. "Estou abismado. Vi-os a sair de casa com o Audi às sete da manhã mas nunca me passou pela cabeça que isto pudesse acontecer", adiantou.

Chocado com a notícia ficou também Paulo Gomes, que tratou do processo de arrendamento: "Falei com eles algumas vezes e nada no seu comportamento podia fazer adivinhar este desfecho", diz Paulo Gomes.»



Fonte: CM online, 05-12-2013

Belmonte: Relação conflituosa de Jorge Estrela com Fernanda Pinto acaba em tentativa de homicídio e suicídio próximo do Fratel, em Vila Velha de Ródão



«Um relacionamento passional recheado de conflitos, alegadamente por a mulher querer terminar a relação, estará na origem da tentativa de homicídio, seguida de suicídio, ocorrida ontem na Estrada Nacional 3, antigo IP2, próximo do Fratel, em Vila Velha de Ródão.








Jorge Estrela, de 50 anos, mantinha um relacionamento amoroso com Fernanda Pinto, de 41, empresária em Belmonte, no ramo da comercialização de painéis solares. A empresária deixara o marido, com o qual formou a empresa, e o filho de 19 anos, para viver com Jorge Estrela. Residiam num apartamento em Belmonte.

Ontem de manhã, o casal dirigia-se em direção ao aeroporto de Lisboa, onde Fernanda Pinto iria apanhar um avião para uma viagem de negócios. No antigo IP2, itinerário paralelo à A 23, num troço de estrada que não tem saída, por razões ainda desconhecidas, a viagem foi interrompida. O carro onde seguiam, um Audi, foi encontrado estacionado na berma da via e no exterior estavam dois corpos, um já sem vida, atingido por dois tiros, e a mulher, gravemente ferida, igualmente com dois disparos.»



Fonte: DN online, 05-12-2013
Imagem in CM online, 05-12-2013  

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Fundão: Padre Luís Miguel Mendes condenado a 10 anos de prisão por abuso sexual de menores



 «O padre e ex-vice reitor do Seminário do Fundão, acusado de 19 crimes de abuso sexual de menores, foi condenado pelo Tribunal do Fundão a 10 anos de prisão. Todas as acusações foram dadas como provadas.


- Luís Miguel Mendes à chegada a uma das sessões do julgamento -



O tribunal deu como provados todos os 19 crimes de que era acusado o antigo vice-reitor tendo ainda destacado o facto deste não ter confessado nem mostrado arrependimento.

O julgamento começou no dia 19 de setembro e decorreu à porta fechada para proteger as vítimas menores. A leitura do acórdão, que ocorre quase um ano depois de o padre ter sido detido - a 7 de dezembro de 2012 - é pública.

O arguido encontra-se em prisão domiciliária desde o dia em que foi detido, situação em que permanecerá até ao trânsito em julgado da sentença. Inicialmente, foi para casa dos pais em S. Romão (localidade do concelho de Seia, de onde é natural) e mais tarde foi transferido para uma casa da Diocese da Guarda.»



Fonte: JN online, 02-12-2013

sábado, 30 de novembro de 2013

Funcionário da Câmara de Castro Verde matou a mulher a tiro de caçadeira em frente à filha



«Um homem de 49 anos, que estaria envolvido num processo de divórcio, matou a mulher, de 47 anos, este sábado ao início da tarde, a tiro de caçadeira, em frente à filha do casal, no centro de Castro Verde.

O homem, que é funcionário da Câmara Municipal de Castro Verde, aguardou que a companheira e a filha saíssem de casa e, cerca das 14.30 horas, disparou mortalmente contra a mulher.

A vítima ainda foi transportada com vida para o centro de saúde, mas não resistiu aos ferimentos.

Ainda não se sabe se a criança foi atingida pelo disparo.»



Fonte: JN online, 30-11-2013

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Inspetora da PJ Ana Saltão, suspeita de matar a avó do seu marido, apanhada a roubar








«Um auto da PSP implica a inspetora da PJ, Ana Saltão, suspeita de ter matado com 13 tiros a avó do seu marido, em Coimbra, no furto de uma carteira em Gondomar, mês e meio antes daquele homicídio, em 2012.

O furto da carteira foi cometido numa loja do Centro Comercial Parque Nascente, em Rio Tinto (Gondomar), e veio a ser incluído no relatório da investigação ao brutal homicídio de Filomena Gonçalves, de 80 anos, por a Polícia Judiciária (PJ) de Coimbra o considerar relevante para o Ministério Público traçar o perfil psicológico de Ana Saltão, de 36 anos.»



Texto: JN online, 28-11-2013
Imagem: Correio da Manhã

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Defesa do militar Hugo Ernano da GNR de Loures condenado a nove anos de prisão pede nulidade da sentença









«A defesa do Guarda Nacional Republicano condenado a nove anos de prisão pela morte de um adolescente numa perseguição em 2008 pediu ao Supremo Tribunal de Justiça a nulidade do acórdão do Tribunal de Loures.

No recurso para o Supremo Tribunal de Justiça, citado pela agência Lusa, o advogado de Hugo Ernano considerou que "existem provas claras, produzidas e examinadas em audiência (de julgamento), que impunham decisão diferente" ao coletivo de juízes, que registou o voto contra da juíza-presidente.

"Não existe qualquer fundamento para a decisão de condenação", entendeu Ricardo Serrano Vieira, mandatário do militar da GNR, acusado de homicídio por dolo, quando a juíza-presidente advogou, na declaração de voto, que "a conduta do arguido Hugo Ernano preenche o tipo do homicídio por negligência", na forma "grosseira".

No entender do advogado, "inexistem provas" para ter sido condenado o GNR pelo crime de "homicídio simples", por se registar a ausência "do elemento subjetivo do tipo de crime de homicídio doloso".

Por isso, o causídico, que observa ainda a "pena excessiva" e a "violação do princípio da livre apreciação de prova", pede ao STJ a impugnação da matéria de direito, por não ter sido comunicado ao arguido a alteração substancial dos factos e pela violação do princípio do contraditório e do direito de defesa.

Ricardo Serrano Vieira, advogado do militar, pediu igualmente impugnação à alteração da matéria de facto, defendendo que Hugo Ernano deve ser "absolvido pela prática do crime de que foi condenado por demonstrado e provado que o mesmo agiu de acordo com a legislação aplicável e que o uso da arma de fogo foi legitimado e justificado, adequado, necessário e proporcional".

No recurso, sublinhou ainda que devem ser "provados os factos que confirmem a existência de perigo para os agentes da autoridade e para terceiros em virtude da condução perigosa e ofensiva provocada pelo condutor da carrinha em fuga", o pai do jovem atingido mortalmente.

Em agosto de 2008, numa perseguição por assalto a uma vacaria em Santo Antão do Tojal, em Loures, o jovem de 13 anos seguia com o pai, evadido do Estabelecimento Prisional de Alcoentre há mais de oito anos, quando foi atingido mortalmente por um tiro de Hugo Ernano, do Grupo de Intervenção e Ordem Pública (GIOP) da GNR.»



Fonte: JN online, 25-11-2013

Cabo da GNR José António Tadeia condenado a 11 anos de prisão por pedofilia



- José António Tadeia, à esquerda -


«Foi condenado a 11 anos de prisão o militar da GNR que abusou sexualmente de quatro raparigas menores durante mais de 10 anos. A mulher que o ajudava a promover as sessões de sexo em grupo também foi condenada a cinco anos de prisão. Um terceiro arguido foi condenado a quase quatro anos, por recurso a prostituição infantil.»



Fonte texto: RTP Notícias online, 25-11-2013
Imagem Correio da Manhã

Bruno Chainho militar da GNR deu a vida para salvar mãe e filha sequestradas por veterano de guerra do Afeganistão


«O militar da GNR morto na noite de sábado para domingo foi abatido depois de ter conseguido salvar mãe e filha, sequestradas por um imigrante que perdeu tudo e estava disposto a morrer. Também ele foi abatido.


O militar da GNR Bruno Chainho -



Bruno Chainho, de 27 anos e militar na GNR há dois, colocou-se na linha de fogo de Mihael Codja, de 58 anos, depois de puxar para fora do restaurante "Refugio", em Pinhal Novo, Setúbal, a mulher e a filha de Gaspar Veloso, também mantido refém dentro do estabelecimento, juntamente com o filho. Mihael, um veterano da guerra do Afeganistão, apercebeu-se do sucedido e fez uma série de disparos, matando o militar.

Pouco mais de meia hora tinha decorrido desde que, por volta das 23 horas, a filha do dono conseguia, dissimuladamente, fazer uma ligação para o 112, deixando o telemóvel ligado para que no serviço de emergência pudessem ouvir o drama que ali se desenrolava (ver infografia). Estavam sequestrados por um homem armado com um revólver, várias granadas e um cinturão de explosivos pronto a rebentar.

"Eu hoje morro aqui"

O dono do restaurante revelou, domingo, que o moldavo tinha trabalhado em obras no seu restaurante, para um empreiteiro. Naquela noite, apareceu no seu estabelecimento para jantar e no fim exigiu-lhe 50 mil euros, mostrando as armas. Seriam, disse Gaspar, "para se tratar de uma doença que tinha a ver com glóbulos brancos". Mihael era pouco conhecido na zona pela população, mas o suficiente para saberem que perdera a casa, morava num automóvel e que a mulher e a filha o teriam deixado. Era um homem desesperado.

Nas sete horas que se seguiram de negociação e já após a morte de Bruno Chainho, Mihael, pintor da construção civil, pouco falou com os guardas mas, muito ansioso, deixou um aviso: "Eu hoje morro aqui". O seu desejo cumpriu-se.

Gaspar Veloso contou, domingo, que, após a morte do militar, estava deitado atrás do balcão agarrado ao filho com braçadeiras plásticas, mas conseguiu perceber e ver "que ele ponderou e pensou duas vezes". "Pensei: 'estou desgraçado'", diz o dono do "Refúgio", explicando que o homem largou a arma em cima de uma mesa e pegou numa granada. Pensou que iam morrer todos. Gaspar Veloso lembra ainda que conseguiu rebentar uma das fitas e libertar-se. "Mandei-me para cima dele e consegui tirar-lhe a granada da mão", adianta. Acabaria por conseguir escapar com o filho.




- O proprietário do restaurante, Gaspar Veloso -



Zona cercada

Desde as 23 horas que a GNR cercou o local e evacuou as residências mais próximas. Alguns vizinhos ouviram as tentativas da GNR para que o imigrante se rendesse, sem nunca surtirem efeito. Através de um megafone, foram-lhe dizendo para ter calma, que estavam ali para o ajudar e sabiam que era "um trabalhador honesto que estava em Portugal para ganhar a vida".

Perto das 4 horas, chegaram agentes das Operações Especiais da GNR. Passada uma hora e meia, três explosões confirmavam a decisão: entrar no restaurante e neutralizar o barricado.

Esteve no Afeganistão

As autoridades suspeitam que o moldavo possuía bastante experiência militar, tendo combatido no Afeganistão. GNR e PJ já identificaram as granadas como sendo dispositivos com origem no Leste europeu. O cinturão com explosivos estava ligado a um telemóvel que permitiria a detonação. Duas das granadas foram acionadas e explodiram enquanto o cinto foi desativado pela GNR logo após o assalto. A terceira granada foi recolhida.



Fonte: JN online, 25-11-2013

domingo, 24 de novembro de 2013

Ajuste de contas poderá estar na origem das mortes no restaurante "O Refúgio", no Pinhal Novo, Palmela



«A GNR descreve a operação desta madrugada no restaurante "O Refúgio", no Pinhal Novo, de "alto risco" e "inédita" pelo grau de violência. O proprietário afirma que o sequestrador pediu-lhe 50 mil euros. 
Foram mais de seis horas de negociações com um homem munido de granadas e explosivos, que num ato "tresloucado" se barricou no interior do estabelecimento, na rua Diogo Cão. Matou a tiro um militar e feriu sete pessoas. Suspeita-se que o homem, de cerca de 59 anos, seja moldavo, segundo adiantou ao Expresso o tenente-coronel Jorge Goulão, porta-voz da GNR de Setúbal.
O indivíduo - que "aparentava alguma ansiedade", mas sem que ninguém reparasse que estava armado -, entrou no estabelecimento, consumiu, pagou, e a seguir perdeu o controlo. Terá dito que "precisava de dinheiro para resolver a vida dele", conta o tenente-coronel Jorge Goulão, adiantando que os distúrbios começaram cerca das 22h e teve início o sequestro.

Sequestrador "Miguel" queria 50 mil euros


Em declarações à SIC, o dono do restaurante admitiu que o sequestrador trabalhou numa propriedade sua, por intermédio de um empreiteiro, a quem pagou e não deve nada.
"Um ajuste de contas teria que haver negócios entre mim e a dita pessoa, haver uma dívida de mim para a pessoa ou de mim para alguém em que ele estivesse envolvido. Nada disso acontece", afirmou Gaspar Veloso, que garantiu que "o Miguel" lhe disse que iriam "morrer todos" e queria 50 mil euros porque "tinha muitos glóbulos brancos e um ano de vida". 
As autoridades foram chamadas ao local e um dos militares da primeira patrulha foi atingido a tiro pelo sequestrador assim que entrou no restaurante. Àquela hora, encontravam-se já "poucos clientes". 
Instalou-se o pânico e as pessoas aproveitaram para fugir. Nessa altura, "o índivíduo lança uma granada de mão para o exterior e os estilhaços ferem quatro militares e três civis", de acordo com a GNR.
Fonte do Centro Distrital de Operações de Socorro de Setúbal confirmou ao Expresso que se tratam de "duas mulheres e um homem, que deverá ser o proprietário do estabelecimento, e que acabou por ser socorrido no local." Os restantes feridos foram transportados para o Hospital São Bernardo e receberam alta na mesma noite. Um dos militares, de cerca de 30 anos, foi transferido para o Hospital do Barreiro, e deverá sair ainda hoje.

Violência "inédita" 


As mais de seis horas de "intensas" negociações, como descreve a GNR, não demoveram o sequestrador. Munido de arma de fogo, granadas e explosivos, recusava render-se e impedia a assistência ao militar ferido, cujo estado de gravidade era desconhecido.
"Tentou-se tudo", frisou ao Expresso o tenente-coronel Jorge Goulão, acrescentando que depois de esgotadas as "negociações diretas, por contato telefónico, e indiretas, através de conhecidos do sequestrador, avançou-se para uma intervenção tática que terminou cerca das 5h30".
"Abateu um cão com um tiro e depois feriu outro. A operação acabou com uma troca de tiros e o sequestrador acabou por falecer", descreveu. 
O tenente-coronel Jorge Goulão salienta ainda que esta foi "uma situação inédita do ponto de vista da segurança e de extrema violência" de que não tem memória. 
Além da GNR, estiveram no local a Polícia Judiciária, INEM, dez ambulâncias e bombeiros das corporações de Pinhal Novo, Moita, Montijo, Palmela, Setúbal. O perímetro de segurança criado em torno do restaurante levou à evacuação de alguns residentes de habitações nas imediações.»


Fonte: Expresso online, 24-11-2013

Militar da GNR e sequestrador mortos no restaurante "O Refúgio" no Pinhal Novo, Palmela


«Um militar da GNR morreu, na madrugada deste domingo, alegadamente baleado por um homem que se barricou num restaurante no Pinhal Novo, Palmela. A Guarda encontrou o corpo do militar, já sem vida, quando entrou à força no estabelecimento, para pôr fim a quase sete horas de sequestro, marcadas por várias explosões e trocas de tiros, matando o suspeito.



Duas grandes explosões, seguidas de tiros, cerca das 5.13 horas da madrugada deste domingo, sinalizaram o fim de quase sete horas dramáticas no restaurante "O Refúgio", em Pinhal Novo. O sequestrador foi morto no assalto da GNR, que encontrou o refém, um agente daquela força, já sem vida no interior do estabelecimento.

"Após seis horas de negociações, era preciso intervir", explicou o comandante do departamento de Relações Públicas da GNR de Setúbal, tenente-coronel Ribeiro Goulão, cerca das 6 horas da manhã, quando já se percebia que algo tinha acontecido.

"O suspeito insistia que não se entregava, que não se rendia", chegando a afirmar que estava pronto para morrer. "Tentamos tudo, mas não foi possível", disse o tenente-coronel Ribeiro Goulão.

Cerca das 5.15 horas, a GNR forçou a entrada no restaurante. O suspeito "fez explodir várias granadas", matou um cão e feriu outro, e disparou sobre os militares, que contra-atacaram e abateram o homem. No interior do estabelecimento, os elementos da Guarda encontraram o corpo, já sem vida, do militar que tinha ficado ferido no início do incidente, cerca das 23 horas de sábado.

Foi de imediato acionado apoio psicológico para a família do militar, um jovem ainda com poucos anos naquela força. O JN sabe, também, que um elemento da Associação de Profissionais da Guarda se encontra no local para se inteirar da situação.

Só os exames médico-legais poderão confirmar a hora da morte do militar da GNR, mas as investigações preliminares apontam para que tenha morrido no início do confronto, quando uma patrulha reforçada da GNR foi recebida a tiro pelo sequestrador, no restaurante "O Refúgio", em Pinhal Novo, Palmela.

O suspeito não explicou as motivações do sequestrador, que não fez qualquer exigência. Ao que foi possível apurar, terá comido no restaurante, mas não se percebe como a situação se agravou.

"O estado de ansiedade e nervosismo do indivíduo" dificultou a tarefa dos negociadores, que tentaram obter "a rendição" do suspeito, em contacto telefónico, durante várias horas, explicou o tenente-coronel Ribeiro Golão.

Os incidentes começaram ao fim da noite de sábado, cerca das 23 horas, quando o indivíduo em causa começou a ameaçar os clientes e o proprietário do restaurante "O Refúgio", no Pinhal Novo, dizendo "alguém hoje vai morrer".

O proprietário do restaurante conseguiu chamar a GNR, que enviou para o local uma patrulha reforçada, recebida a tiro ao entrar no estabelecimento. Um militar foi atingido pelos disparos e ficou caído no restaurante, vindo a morrer entretanto, enquanto os restantes elementos da patrulha conseguiram evacuar as pessoas que estavam no estabelecimento.

O suspeito, ao ver a fuga para o exterior dos clientes e dos outros elementos da patrulha, lançou um explosivo para a rua, que se supõe ter sido uma granada, que ao rebentar feriu três militares e ainda um casal.

Dos três militares assistidos no hospital S. Bernardo, em Setúbal, dois tiveram alta ao início da madrugada deste domingo e um outro ficou em observações. Ao que apurou o JN, tem muitos estilhaços no corpo, na sequência da explosão que apanhou os militares.

Um forte contingente policial foi destacado para o local, onde estiveram também elementos do Grupo de Operações Especiais da GNR.

Centenas de pessoas observaram o desenvolvimento da situação junto à zona delimitada em torno do restaurante, que se localiza na rua Eça de Queiroz, numa área residencial. Segundo o comandante do departamento de Relações Públicas da GNR de Setúbal, tenente-coronel Ribeiro Goulão, algumas habitações mais próximas do restaurante foram evacuadas.

Várias ambulâncias, veículos do Instituto Nacional de Emergência Médica e bombeiros das corporações de Pinhal Novo, Moita, Montijo e Setúbal também acorreram ao local.»


Fonte: JN online, 24-11-2013

Terminou com dois mortos e seis feridos o sequestro que durou mais de seis horas no Pinhal Novo, Palmela


Um homem barricou-se num restaurante, por volta das 22:00 de ontem, fazendo vários reféns. O primeiro militar da GNR que tentou entrar no local foi morto. O sequestrador não se rendeu e acabou por ser baleado mortalmente já depois das 5:00 desta madrugada.









Pinhal Novo, Palmela: Um militar da GNR feito refém e outro ferido a tiro no restaurante "O Refúgio"



«Dois militares da GNR ficaram feridos, um deles foi feito refém, depois de um indivíduo não identificado ter entrado no restaurante "O Refúgio", no Pinhal Novo, usando uma arma de fogo e explosivos. Além dos dois militares feridos, há mais dois feridos ligeiros, um homem e uma mulher.

Os incidentes ocorreram ao fim da noite de sábado, já depois das 23 horas, quando o indivíduo em causa entrou no restaurante ameaçando os clientes e o proprietário, dizendo "alguém hoje vai morrer", apurou o JN, junto de fontes oficiais.

O proprietário do restaurante conseguiu chamar a GNR, que enviou para o local uma patrulha reforçada, recebida a tiro ao entrar no estabelecimento. Um militar foi atingido pelos disparos e ficou caído no restaurante, enquanto os restantes elementos da patrulha conseguiram evacuar as pessoas que estavam no restaurante.

O suspeito manteve o militar ferido sob sequestro e, ao ver a fuga para o exterior dos clientes e dos outros elementos da patrulha, lançou um explosivo para a rua, que ao rebentar feriu três pessoas, um militar e um casal.

Entretanto, está já no local o Grupo de Operações Especiais da GNR e negociadores estão a tentar conseguir a rendição do indivíduo, mas desconhece-se o estado de saúde do militar, ferido, que se encontra sequestrado no interior do restaurante.

Centenas de pessoas observam o desenvolvimento da situação junto à zona delimitada em torno do restaurante, que se localiza na rua Eça de Queiroz, numa área residencial. Segundo o comandante do departamento de Relações Públicas da GNR de Setúbal, tenente-coronel Ribeiro Goulão, algumas habitações mais próximas do restaurante foram evacuadas.

Várias ambulâncias, veículos do Instituto Nacional de Emergência Médica e bombeiros das corporações de Pinhal Novo, Moita, Montijo e Setúbal também acorreram ao local.»



Fonte: JN online, 24-11-2013

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Tribunal de Loures: Paulo Jorge Figueiredo Almeida suspeito de matar Alexandra Neno em Sacavém e Diogo Ferreira em Oeiras fica em prisão preventiva




- Paulo Jorge Figueiredo Almeida suspeito de matar Alexandra Neno e Diogo Ferreira -



- Alexandra Neno e Diogo Ferreira foram mortos em 2008 -


«O homem suspeito de matar Alexandra Neno, em Sacavém, e Diogo Ferreira, em Oeiras, em 2008, ficou, esta sexta-feira, em prisão preventiva depois de presente a primeiro interrogatório judicial, no tribunal de Loures.

Segundo uma nota lida esta sexta-feira à noite por um oficial de justiça do Tribunal de Loures, Paulo Jorge Figueiredo Almeida está "fortemente indiciado" pela prática de dois crimes de homicídio qualificado, de um crime de homicídio qualificado na forma tentada, de um crime de roubo na forma tentada, de um crime de furto qualificado na forma tentada e de um crime de detenção de arma proibida.

A juíza Paula Santos justificou a aplicação da medida de coação de prisão preventiva ao arguido, de 35 anos e segurança/vigilante, com o "perigo de fuga e o perigo, em razão da natureza e circunstâncias do crime e da personalidade do arguido, que este continue a atividade criminosa, bem como perturbe gravemente a ordem e tranquilidade públicas".»



Fonte: JN online, 22-11-2013
Imagem de Paulo Almeida  in TVI

Atriz Sónia Brazão condenada a três anos de prisão com pena suspensa pela explosão do seu apartamento






Para o tribunal ficou provado que a atriz queria cometer suicídio e que agiu com dolo ao ligar os bicos do fogão. "Apesar de haver horizonte de trabalho, não havia nada concreto e portanto esse não é um fator para argumentar que a atriz não se queria suicidar. O cansaço de todas as deslocações, a dificuldade em dormir e a frustração de não desenvolver uma atividade estimulante levou a arguida a pensar que o suicídio resolveria todos os seus problemas. Acredita-se que foi essa decisão que tomou ao ligar os bicos do fogão", sustentou.

A juíza considerou ainda que "apenas por mera causalidade ninguém ficou gravemente ferido". Na leitura da sentença, sugere-se, como uma forma de aplicar o regime de prova, que, se a atriz consentir, tenha acompanhamento psicológico pelo período de pena a que foi condenada.

A 03 de junho de 2011, uma explosão ocorrida no 4.º andar do número 73 da Avenida da República, em Algés, na casa da atriz, causou dois feridos e provocou estragos em dezenas de viaturas e várias casas vizinhas.

Segundo os exames toxicológicos realizados ao sangue e à urina, a atriz acusou, um dia após a explosão, 0,98 gramas/litro (g/l) de álcool no sangue, além de substâncias canabinoides, opiáceos e benzodiazepinas (ansiolíticos).

Perante estes dados, os responsáveis pelas análises concluíram que Sónia Brazão, no momento do incidente, teria uma taxa de 4,27 g/l de álcool no sangue.


Fonte: DN online, 22-11-2013

Homicida de Alexandra Neno (Sacavém) e de Diogo Ferreira (Oeiras) entregou-se à Polícia


«O presumível homicida de Alexandra Neno, em Sacavém, e de Diogo Ferreira, em Oeiras, em 2008, entregou-se hoje à Polícia de Segurança Pública (PSP), revelou a Polícia Judiciária (PJ). O homem tem 35 anos e trabalha como segurança.


- Alexandra Neno e Diogo Ferreira foram mortos em 2008 -




Paulo Rebelo, da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo da Polícia Judiciária, disse em conferência de imprensa, na sede da corporação, que o homicida, de 35 anos, "contactou o 112 durante a manhã para confessar a prática" dos quatro crimes, dois de homicídio, um de detenção de arma proibida e outro de danos.

"O detido foi encaminhado para a PSP e, depois de confessar os crimes, para a PJ, que realizou todas as diligências para comprovar a prática dos crimes", referiu, acrescentando que o homem, cuja identidade não foi revelada, "não tem registo de antecedentes criminais".

O responsável da PJ sublinhou que "só o próprio saberá explicar a motivação" para o assassínio de Alexandra Neno, a 29 de fevereiro de 2008, quando estacionava o carro no seu bairro de residência, e o de Diogo Ferreira, supostamente atingido mortalmente pelo mesmo homem, no dia seguinte, no parque de estacionamento de um centro comercial de Oeiras.

Também sem explicação ficaram os motivos pelos quais o homem, de 35 anos, com profissão de segurança/vigilante, decidiu entregar-se "mais de cinco anos depois".

Paulo Rebelo disse que o detido, com "vida estabilizada", se "encontra em baixa médica" e que a autoria dos homicídios foi comprovada com as impressões digitais encontradas na altura, nos locais dos crimes.

"Tanto em relação à arma de calibre 6.35, arma de alarme transformada em arma de fogo, quer em relação a vestígios nos locais, foram efetuadas diligências que encaminhavam no sentido certo", afirmou, observando que "o processo esteve sempre aberto" e que "a investigação prosseguiu em várias linhas".

Aquele elemento da PJ frisou ainda que, no caso do homicídio de Alexandra Neno, o homem terá tentado "a apropriação da viatura da vítima".

"Face à resistência, o autor disparou e acabou por a atingir", disse.

O homem será presente ao juiz de instrução criminal na manhã de sexta-feira.»


Fonte: DN online, 21-11-2013

Manifestação das Forças e Serviços de Segurança em frente à Assembleia da República (21-11-2013)




Vídeo in YouTube

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Suspeitos do homicídio do ourives Lúcio Costa na Azinhaga das Galinheiras (Lisboa) foram absolvidos por falta de provas



«Os três suspeitos do roubo a uma ourivesaria na Charneca do Lumiar, em Lisboa, que culminou com a morte do ourives em dezembro de 2011, foram absolvidos, esta quarta-feira, por "ausência de prova".


- Crime deu-se em dezembro de 2011 -



Segundo a acusação do Ministério Público (MP), no final da tarde de 16 de dezembro de 2011 "três homens armados e encapuzados entraram numa ourivesaria na zona da Azinhaga das Galinheiras, tendo um deles empunhado e apontado uma caçadeira na direção da cabeça da vítima e disparado um tiro, provocando a morte imediata" de Lúcio Costa, de 65 anos.

"Não se logrou apurar os autores dos crimes. Não é possível, com verdade e em consciência, fazer a ligação dos arguidos aos factos pelos quais estavam pronunciados", justificou a presidente do coletivo de juízes da 2.ª Vara Criminal de Lisboa, no Campus da Justiça.

Segundo a juíza Clarisse Gonçalves, as imagens de videovigilância e os fotogramas "não são nítidos" e não é possível relacionar e identificar os arguidos como sendo os responsáveis pelos crimes, uma vez que os mesmos "atuaram encapuzados e com luvas".

A presidente do coletivo de juízes frisou que a caçadeira de canos serrados, o revólver e o martelo utilizados pelos autores no "crime brutal", nunca foram encontrados, além dos 300 gramas de ouro - avaliados em 12 mil euros - com que os autores fugiram.

Para o tribunal, o depoimento do inspetor da Polícia Judiciária, feito de "forma indireta", com base em informações prestadas por testemunhas - que se desconhecem quem são, uma vez que não constam dos autos - que residiam no mesmo local que os suspeitos, não chegam, por si só, para os condenar.

"Por ausência de prova, absolvem-se Elson Gussul, José Fialho Carvalho e Flaide Ferreira da coautoria dos crimes de homicídio qualificado e de roubo", concluiu.

O tribunal considerou também "improcedente" o pedido de indemnização civil requerido pelo filho da vítima.

O advogado de José Fialho Carvalho - que foi para Angola no decorrer do julgamento - estava à espera deste acórdão.

"Não há prova da prática dos crimes e, por isso, era o que estava à espera", disse Índias Cordeiro, à saída das Varas Criminais.

Sobre o facto de o seu cliente ter ido para Angola, poucas semanas antes de ser conhecido o acórdão, o advogado esclareceu que ele "não fugiu". Acrescentou que o próprio é cidadão angolano e que, como estava com a medida de coação de Termo de Identidade e Residência, nada o impedia de ir ao seu país.

Por seu lado, a advogada da família da vítima discorda do acórdão por considerar que "foi feita prova suficiente" para condenar os arguidos. Ana Damião frisou que pondera recorrer da decisão para o Tribunal da Relação de Lisboa.»



Fonte: JN online, 20-11-2013