Para o tribunal ficou provado que a atriz queria cometer suicídio e que agiu com dolo ao ligar os bicos do fogão. "Apesar de haver horizonte de trabalho, não havia nada concreto e portanto esse não é um fator para argumentar que a atriz não se queria suicidar. O cansaço de todas as deslocações, a dificuldade em dormir e a frustração de não desenvolver uma atividade estimulante levou a arguida a pensar que o suicídio resolveria todos os seus problemas. Acredita-se que foi essa decisão que tomou ao ligar os bicos do fogão", sustentou.
A juíza considerou ainda que "apenas por mera causalidade ninguém ficou gravemente ferido". Na leitura da sentença, sugere-se, como uma forma de aplicar o regime de prova, que, se a atriz consentir, tenha acompanhamento psicológico pelo período de pena a que foi condenada.
A 03 de junho de 2011, uma explosão ocorrida no 4.º andar do número 73 da Avenida da República, em Algés, na casa da atriz, causou dois feridos e provocou estragos em dezenas de viaturas e várias casas vizinhas.
Segundo os exames toxicológicos realizados ao sangue e à urina, a atriz acusou, um dia após a explosão, 0,98 gramas/litro (g/l) de álcool no sangue, além de substâncias canabinoides, opiáceos e benzodiazepinas (ansiolíticos).
Perante estes dados, os responsáveis pelas análises concluíram que Sónia Brazão, no momento do incidente, teria uma taxa de 4,27 g/l de álcool no sangue.
Fonte: DN online, 22-11-2013
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