- O automóvel (à esq.) pertencia a Paulo Rodrigues, que atraiu a mulher a cilada em pinhal (em cima), onde a assassinou a tiro -
«Ana Cristina Rodrigues, 44 anos, despediu-se de manhã dos pais e prometeu ser rápida. Voltaria a tempo de fazer o almoço para os filhos, de 15 e 7. Ia tomar o pequeno-almoço ao café com o marido e aproveitariam para fazer compras, anteontem, em Foros da Amora, Seixal. Mas Paulo Rodrigues, 47 anos, tinha outros planos para a mulher. Levou-a de jipe para uma zona de mato a 500 metros, na Quinta da Apostiça – e executou-a a tiro. A seguir, o capitão de fragata, comandante da Marinha, pôs fim à sua vida.
O alerta chegou pelo som de um telemóvel caído numa zona de pinhal denso, pelas 16h30 de anteontem. Um homem que passeava foi atrás do som – do telemóvel de Ana – quando viu um cenário macabro: uma mulher seminua, de barriga para baixo no meio das silvas, com dois tiros no peito e outro na cabeça.
Esta informação chegou à Polícia Judiciária de Setúbal, que no local identificou a vítima pelos documentos pessoais dentro da carteira, junto ao telemóvel e ao corpo. Rapidamente, o suspeito número 1 passou a ser o marido – estavam ambos desaparecidos desde manhã, segundo informaram os pais de Ana Cristina. E o carro do militar na reserva, fuzileiro, acabou por ser encontrado junto a uma bomba de gasolina também perto de casa, abandonado: o corpo do homicida estava a 150 metros, encontrado com uma bala na cabeça, mais uma vez disparada pela sua pistola com calibre de 9 mm.
A Judiciária encontrou registos de consultas psiquiátricas que Paulo Rodrigues frequentava há algum tempo – a própria família confirma que o oficial da Marinha estava a enfrentar uma depressão. Mas o homicídio da mulher seguido de suicídio deixou toda a gente surpreendida e em choque – não havia qualquer antecedente de violência doméstica.»
Fonte: Correio da Manhã online, 11 de Junho de 2014
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