«O bancário acusado de pedofilia foi condenado a 17 anos de prisão, esta
sexta-feira, pelo Tribunal de Matosinhos.
Sem cúmulo jurídico, o arguido seria condenado a 161 anos e nove meses de
cadeia.
A defesa disse que ia ponderar a eventualidade de um recurso, mas apenas após uma leitura atenta do acórdão.
O coletivo de juízes dirigido por Ausenda Gonçalves considerou que a conduta do arguido foi "abjeta" e de "acentuadíssima" gravidade. Para o tribunal, o homem apresenta "traços psicopáticos" e agiu "sem remorsos" na satisfação dos seus "instintos libidinosos".
Uma investigação da Polícia Judiciária concluiu que o bancário abusou sexualmente, durante sete anos, de uma menina que adotou. A criança foi adotada aos seis anos de idade e os abusos terão começado um ano depois, prolongando-se por sete anos.
O desenrolar da investigação forneceu indícios de que o bancário terá também abusado de um filho adotivo mais velho, mas ainda menor, e de que agrediria a mulher.
Em factos que se terão desenrolado entre fevereiro e setembro de 2001, o homem terá ainda filmado e fotografado alguns dos atos sexuais e exibido filmes pornográficos à menina.
Abuso sexual de criança, abuso sexual de menor dependente, maus tratos a menor, pornografia de menores, abuso sexual agravado e violência doméstica são crimes imputados ao arguido, que dirigia uma dependência bancária do Porto, mas tem residência em Matosinhos.
Acusado de 335 crimes de abusos sexuais, pornografia infantil e maus tratos aos dois filhos adotivos menores e à mulher, é apresentado com o diagnóstico de pedofilia com atração por ambos os sexos, limitada ao incesto (própria família) e do tipo não exclusivo.»
in JN online, 20-7-2012
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