«O administrador da Mota-Engil assassinado na Polónia foi morto
com cinco tiros, pelo menos um na cabeça. Suspeito terá descoberto alegado caso
do português com a mulher e foi denunciado à polícia pela própria família.
- Pedro Fernandes -
Miroslaw F. de 44 anos, está detido como único suspeito da morte de Pedro
Fernandes, administrador da Mota-Engil na Polónia, que foi assassinado a tiro no
início da semana. Segundo a imprensa polaca, o português foi baleado cinco
vezes.
O suspeito do crime, engenheiro civil de profissão, disse que não tinha
intenção de matar Pedro Fernandes, que apenas lhe queria bater, depois de ter
lido uma SMS no telemóvel da mulher que poderia indicar um possível
relacionamento amoroso entre o português e a mulher do polaco.
Segundo Miroslaw, a arma disparou acidentalmente. "Levado pela emoção", o
suspeito diz que se descontrolou e acabou por disparar mais quatro tiros, conta
a "PolskieRadio". Esta parte da história é comum à generalidade da imprensa
polaca que aborda o caso, esta sexta-feira.
Mas, segundo a edição online do "Nazemiasto", Miroslaw é um colecionador de
armas antigas e terá usado uma arma de carregar pelo cano para disparar sobre
Pedro Fernandes, casado e pai de três filhos. Teoria que contraria o descontrolo
emocional advogado pelo suspeito, após o "primeiro tiro acidental".
O corpo de Pedro Fernandes foi encontrado, segunda-feira à noite, num prado
em Mydlniki, nos arredores de Cracóvia, a terceira maior cidade da Polónia. O
cadáver jazia no chão, ao lado do jipe do português, completamente queimado,
onde os dois homens se terão encontrado para conversar, depois de Miroslaw ter
descoberto um alegado caso da mulher com o português.
Conta a Imprensa polaca, que após os disparos, um dos quais atingiu Pedro
Fernandes na cabeça, Miroslaw terá removido o corpo do português para o local do
passageiro e levado o jipe para o descampado em Mydlniki.
Não é claro em que altura terá ido a casa buscar combustível para incendiar a
viatura, numa tentativa de esconder o crime, mas parece certo para toda a
Imprensa polaca que Miroslaw não conseguiu fazer segredo e contou o sucedido ao
chegar a casa.
Foi a própria família de Miroslaw - agregado não especificado nos jornais
polacos - que chamou a polícia para contar o sucedido. Os média locais contam
que o suspeito ficou junto dos familiares a aguardar a chegada das autoridades e
entregou-se sem oferecer resistência.
Miroslaw F. ficou detido no próprio dia. Entretanto, um tribunal de Cracóvia
ordenou a prisão preventiva do suspeito, por um período mínimo de três
meses.»
Texto in JN online
, 02-3-2012
Imagem in Google
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