«Quase quatro anos
depois de ter sido arquivado pelo Ministério Público, o caso do desaparecimento
da menina inglesa Madeleine McCann no Algarve está a ser reanalisado a pente
fino. Em Portugal, foi escolhida uma equipa de investigadores da PJ do Porto.
Do lado do Reino Unido, a Scotland Yard não
regateia meios para saber o que aconteceu à pequena Maddie, cujo desaparecimento
em 2007 foi arquivado em julho de 2008 pelo Ministério Público português. Só em
2011, foram gastos 2,2 milhões de euros. E a equipa é constituída por 37
pessoas.
Mas os investigadores concluíram que nada
fariam sem articulação com Portugal. Por isso, foi estabelecida parceria com a
PJ, que investigou o caso durante 14 meses consecutivos - primeiro com a chefia
de Gonçalo Amaral, na PJ de Portimão; depois, sob liderança do ex-diretor
nacional adjunto da PJ, Paulo Rebelo.
Desta feita, para trabalhar no caso, a
direção nacional da PJ optou por nomear uma equipa que nada teve a ver com o
caso. A escolha recaiu na Secção Regional de Investigação e Prevenção Criminal
da PJ do Porto, chefiada pela coordenadora superior Helena Monteiro.
Trata-se de uma brigada com experiência em
casos de desaparecimento. Um exemplo de sucesso foi o de uma jovem de Lamego,
Carina Ferreira, cujo cadáver foi encontrado após um mês de buscas numa ravina
de autoestrada.
O objetivo é, a partir de novos olhares
sobre o caso, procurar pistas para seguir e suprir eventuais lacunas das
investigações iniciais.
"Não obstante ter sido formalmente
arquivado, continuamos a ter um desaparecimento sem explicação. O arquivamento
não significa que a Polícia Judiciária tenha menos interesse no esclarecimento e
na procura de respostas", explica ao JN Pedro do Carmo, diretor nacional
adjunto.»
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