sábado, 2 de outubro de 2010

Homicídio de Rosalina Ribeiro: Carta rogatória devolvida "sem respostas" de Duarte Lima

«O Ministério Público devolveu à Interpol, "sem as respostas pretendidas", a carta rogatória enviada pelas autoridades brasileiras para ouvir o advogado Duarte Lima no caso do homicídio de Rosalina Ribeiro.




O Ministério Público devolveu à Interpol, "sem as respostas pretendidas", a carta rogatória enviada pelas autoridades brasileiras para ouvir o advogado Duarte Lima no caso do homicídio de Rosalina Ribeiro, anunciou hoje o DIAP de Lisboa.

Em resposta a uma questão da agência Lusa, o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa adianta que a carta rogatória foi devolvida ao Gabinete Nacional da Interpol "por ter sido entendido que não preenchia os formalismos exigidos".

O DIAP lembra que "recebeu o cumprimento antecipado" da carta, enviado pela Interpol, e delegou o seu cumprimento na Polícia Judiciária (PJ), a fim de "inquirir a pessoa indicada na qualidade de testemunha".

A carta rogatória para ouvir Domingos Duarte Lima, ex-líder parlamentar do PSD, deriva de uma investigação em curso pelas autoridades brasileiras relativamente ao assassínio de Rosalina Ribeiro, uma portuguesa de quem era advogado.


Advogado não confia na polícia brasileira

Germano Marques da Silva, advogado de Duarte Lima, afirmou recentemente à Lusa "não confiar" na Polícia brasileira, apontando-lhe "casos de manipulação de prova" e afirmando não saber quais as perguntas contidas na carta rogatória.

A carta rogatória é um instrumento jurídico de cooperação entre dois países, em que um solicita ao outro a realização de determinadas diligências para a investigação em curso.

Rosalina Ribeiro, que morava no Rio de Janeiro, foi dada como desaparecida e, posteriormente, foi encontrada morta com dois tiros em Saquarema, na região dos Lagos, no estado do Rio de Janeiro.

A antiga secretária do empresário português Lúcio Tomé Feteira (falecido em 2000) estava a disputar na Justiça brasileira com a filha deste uma herança milionária e Duarte Lima era o seu advogado.»


in Expresso online, 02-10-2010


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