quarta-feira, 2 de maio de 2012

Gondomar: Irmãos traficantes (Eugénio e Zélia) traídos pelo luxo


«Cumpria uma pena de onze anos por tráfico de droga, mas saiu em liberdade condicional em 2007. Voltou ao crime e três meses antes de se ver livre foi novamente detido. O luxo em que vivia tramou-o.

Andava de Mercedes 350 SL e tinha uma casa com piscina, em Gondomar, mas os sinais exteriores de riqueza traíram- -no, começou a ser vigiado e acabou por ser detido com a irmã, pela Polícia Judiciária. O traficante, já condenado em processos anteriores, viu agora as varas criminais do Porto aplicar-lhe a pena de oito anos e dois meses de cadeia. A irmã apanhou cinco anos de prisão efetiva.

Eugénio A., 35 anos, montou uma empresa de Informática após ter saído em liberdade condicional da cadeia. A irmã, Zélia A., de 29 anos, era dona de uma lavandaria, na Maia, e envolveu-se nos negócios do irmão. Em 2000, foi condenado a um cúmulo de 11 anos de cadeia por tráfico de droga, no Porto, e saiu em condicional em 2007. Esteve calmo até há dois anos, quando voltou ao tráfico.

Agora, os juízes do Tribunal de S. João Novo, no Porto, deram como provado que, pelo menos durante um ano, Eugénio viveu do tráfico de droga e usava casas arrendadas para vender e armazenar os produtos. A droga era comprada em Espanha e dividida numa casa de recuo, em Rio Tinto, Gondomar, especificamente alugada para isso. Essa casa foi alugada em nome da irmã, condenada por ter ajudado o irmão. No acórdão, a que o JN teve acesso, os juízes também afirmam que alguma droga era guardada na vivenda do principal arguido, em Gondomar.

Os dois irmãos foram detidos em março do ano passado, numa operação da Polícia Judiciária. Ambos foram logo colocados em prisão preventiva. Também indiciado esteve Nuno T., que era sócio de uma empresa de Informática, no Porto, com o principal arguido. Esse indivíduo foi absolvido por falta de provas.

Ficou provado que no dia 1 de março de 2011, Eugénio entregou à irmã cerca de um quilo de droga, em casa, em Gondomar. Nesse dia, em que foi lançada a operação da PJ, foram apreendidos na casa de recuo, cerca de três quilos de produtos de corte, como bicarbonato de sódio, que serve para aumentar o lucro. Em casa, Eugénio tinha cerca de 20 mil euros, escondidos num fundo falso de um móvel de sapatos.»



in JN online, 02-5-2012

Sem comentários:

Enviar um comentário