domingo, 12 de dezembro de 2010

Póvoa de Varzim: Abandonam ladrão morto no hospital

«Referenciado há muito pelas autoridades por furtos de cobre, Carlos dos Santos Silva, de 33 anos, recusava-se a abandonar a vida do crime. Ontem de madrugada, durante mais um furto, o homem acabou por morrer electrocutado num poste de alta tensão.


- Cerca de duzentos familiares de Carlos estiveram ontem no Hospital dae Póvoa de Varzim -


O cadáver da vítima foi abandonado por dois amigos à porta do Hospital da Póvoa de Varzim. Os colegas fugiram, de imediato, sendo que a carrinha furtada onde transportaram Carlos viria a ser encontrada horas depois.

A PSP da Póvoa de Varzim não conseguiu, até ao momento, identificar o local onde o acidente teve lugar. No entanto, as graves queimaduras que a vítima tinha em todo o corpo não deixam dúvidas quanto ao facto de o homem ter sofrido uma violenta descarga eléctrica.

Tudo terá acontecido por volta das 00h30, quando os três amigos estavam a roubar cobre de postes de alta tensão. A certa altura, Carlos ter-se-á desequilibrado, agarrando-se aos cabos. Acabou electrocutado, sofrendo uma queda de vários metros de altura. Os cúmplices colocaram-no na carrinha Toyota Corolla, de caixa aberta, e deixaram-no à porta do hospital.

Os médicos tentaram ainda reanimar a vítima, mas Carlos estava já em paragem cardíaca e tinha um ferimento profundo na cabeça, que terá sido originado pela queda.

Os bancos da carrinha, que foi apreendida pela GNR da Póvoa de Varzim, estavam completamente ensanguentados, pelo que as autoridades irão agora analisar o sangue de forma a perceber se pertence apenas a Carlos Silva ou a algum dos cúmplices.

MAIS DE 200 FAMILIARES À ESPERA DO CORPO

Mais de duzentos elementos da família de Carlos estiveram, durante todo o dia de ontem, à porta do Hospital da Póvoa de Varzim, à espera de que o corpo da vítima lhes fosse entregue. A família recusou-se a abandonar o local, garantindo que apenas saía do recinto hospitalar quando o cadáver fosse para o Instituto de Medicina Legal.

Quanto aos amigos que ajudaram o ladrão no furto, as autoridades policiais ainda não os conseguiram identificar. Os dois homens abandonaram o amigo junto às Urgências do hospital, colocando-se de imediato em fuga para parte incerta. Também nenhum dos doentes e médicos que se encontravam de serviço conseguiram ver as caras dos cúmplices de Carlos.»

 
in CM online, 12-12-2010

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