quinta-feira, 21 de julho de 2011

Rei Ghob vai ser julgado por um tribunal de júri

«O homem conhecido por "Rei Ghob", que é acusado de quatro crimes de homicídio e de ocultação de cadáver, vai ser julgado por um tribunal de júri, disse fonte da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa.





Fonte da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa confirmou à agência Lusa que "o Ministério Público requereu tribunal de júri", composto por três juízes de direito e quatro cidadãos, para o julgamento que deverá iniciar-se no último trimestre deste ano. O Ministério Público encerrou na quarta-feira a fase de inquérito, cuja investigação foi desenvolvida no último ano pela Polícia Judiciária, ao deduzir acusação. Após uma investigação que durava há mais de um ano, Francisco Leitão foi detido a 20 de Julho de 2010 por suspeitas de homicídio de duas raparigas e um rapaz, entre os 16 e os 27 anos, estando a aguardar julgamento em prisão preventiva nas instalações da Polícia Judiciária, em Lisboa.

Quando foi ouvido pelo juiz de instrução criminal do Tribunal de Torres Vedras, António Luciano de Carvalho, não confessou a autoria dos crimes. Em Janeiro deste ano, o juiz veio a prolongar a prisão preventiva do arguido por mais seis meses e a atribuir especial complexidade ao processo, a pedido da PJ, para ganhar tempo na investigação para encontrar os corpos das vítimas, que ainda não foram descobertos. Na acusação resumida, disponibilizada no site da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, o Ministério Público revela que o arguido Francisco Leitão é acusado de quatro crimes de homicídio (três deles qualificados), outros quatro de ocultação de cadáver, um de falsificação de documentos e outro de detenção de arma proibida. Assim, aos três jovens junta-se uma quarta vítima.

Francisco Leitão passou a ser investigado pela PJ a partir de Marco de 2010, após o desaparecimento de Joana Correia, uma jovem de 16 anos de Torres Vedras, a sua última vítima, que alegadamente terá matado por questões passionais, porque era namorada de um jovem com quem o alegado homossexual queria ter um caso amoroso. A pista levou a PJ a associá-lo ao desaparecimento no concelho onde reside de um casal de namorados, de 22 e 27 anos, que o alegado homicida também conhecia. O arguido publicava vídeos na Internet em que anunciava o fim do mundo e se auto-intitulava "Rei Ghob".»


in DN online, 21-7-2011

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