«O juiz de instrução criminal do Tribunal de Leiria decretou esta quarta-feira a prisão preventiva para o homem que confessou ter matado uma pessoa há cinco anos e enterrado o cadáver, na zona de Leiria.
- Para encontrar o corpo foi removida uma área de 20 metros, de pinhal e eucaliptal, em Alpedriz -
O suspeito, de 42 anos, entrou nas instalações do tribunal, de cara tapada e sob insultos dos familiares da vítima, que marcaram presença à porta do Palácio da Justiça.
O detido é suspeito de ter praticado os crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver, actos "cometidos há cerca de cinco anos, por motivos passionais".
O coordenador local da Polícia Judiciária (PJ), Carlos do Carmo, explicou que, no passado dia 27, a PJ "recebeu um telefonema de uma pessoa que estava na Suíça e dizia que tinha matado outra e a enterrado numa zona de pinhal, em Pataias", no concelho de Alcobaça.
A PJ tomou como séria a declaração, pois tratava-se de uma conversa "bem estruturada".
Após algumas diligências, confirmou que em Agosto de 2005 tinha sido comunicado à PSP o desaparecimento de um homem de 40 anos, residente no concelho de Leiria.
Depois de confirmada a informação, a PJ convenceu o suspeito a entregar-se às autoridades portuguesas e não à polícia suíça, país onde se encontrava. Foi detido no dia 31 de Janeiro e acompanhou a polícia ao local onde estava nterrada a vítima, na terça-feira.
Na base do crime estarão motivos passionais. Carlos do Carmo revelou que o suspeito "terá encontrado na cama a mulher com o ex-marido e pai dos seus três filhos".
O homem terá usado um "objecto contundente para perpetuar o crime", que ocorreu no concelho de Leiria. O corpo terá sido deslocado para um pinhal em Pataias, um local de difícil acesso".
O responsável pela PJ referiu ainda que a causa da morte só será confirmada após a autópsia às ossadas da vítima, que foram transportadas para o Instituto Nacional de Medicina Legal de Coimbra. A PJ ainda está a tentar perceber o que levou à confissão cinco anos depois, não afastando a hipótese de se ter "separado da mulher".
Carlos do Carmo afirmou que a mulher se encontra num país estrangeiro e pode "ajudar a esclarecer o crime", uma vez que "poderá ter assistido a tudo".
O alegado autor do crime trabalhava num talho na zona de Leiria aquando dos factos, mas já tinha uma "história de emigração".»
in CM online, 02-02-2011
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