«O agente da PSP de Setúbal que é acusado de
matar a mulher com um tiro no peito, na tarde de terça-feira, ficou em prisão
preventiva.
O Tribunal de Setúbal chegou a admitir adiar a diligência para hoje, mas voltou atrás e ouviu ainda José Dinis, decretando a sua detenção. O suspeito tinha sido capturado por junto ao cemitério de Melides (Grândola) durante a madrugada.
Em 20 e tal anos de casamento foram muitas as discussões entre o agente Dinis
e a mulher Maria José. Ontem, ao fim da tarde e após este ter saído do serviço,
na PSP de Setúbal, dirigiu-se para casa (também em Setúbal) e seguiu-se mais uma
briga que desta vez terminou mal: com a morte da mulher, de 45 anos. Dinis, com
a mesma idade, terá morto a companheira com um tiro no peito disparado por um
revólver de uso particular.
Ao DN, Júlio Bárbas, Inspector-chefe do Departamento de Investigação Criminal
da PJ de Setúbal - entidade que tomou conta da ocorrência após uma primeira
intervenção da PSP - assegurou que a arma de serviço do agente ficou no local de
trabalho e que o crime foi praticado por um revólver de uso pessoal. Isto, leva
a crer, diz, que "o crime não foi premeditado".
De acordo com este responsável, "terá existido uma primeira discussão,
seguido de tentativa de reconciliação e, novamente seguido de discussão". Após
ter solicitado ao filho mais novo do casal (14 anos) para ir dar uma volta, a
discussão prosseguiu no quarto do casal, tendo Dinis disparado um tiro fatal no
peito da mulher.
O casal tem dois filhos que "não presenciaram o crime". A filha mais velha,
de 21 anos, estava a trabalhar, enquanto o mais novo (em vez que cumprir a ordem
do pai e sair de casa, refugiou-se num outro departamento da casa, mas não
assistiu à discussão).»
in DN online, 31-8-2011
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