«A Polícia Judiciária de Coimbra apreendeu um autêntico arsenal bélico, que se encontrava escondido no sótão da Capela da Sandoeira, Ourém. Para além de numerosas armas de guerra, os inspectores descobriram explosivos e um tubo lança-rockets.
- Foto do assalto à carrinha da ESEGUR em Taveiro, Coimbra, em 18 Dezembro 2009 -
A apreensão ocorreu ao início da manhã de quarta-feira, um dia depois da detenção no Norte de França e em Paris, de cinco indivíduos, suspeitos do envolvimento no assalto a uma carrinha de valores da Esegur, ocorrida em Taveiro, Coimbra, a 18 de Dezembro de 2009, e que transportava perto de nove milhões de euros.
Segundo apurou o JN, alguns dos detidos em França são portugueses imigrados há anos naquele país, e que têm ligações familiares a Aveiro. Trabalham em oficinas e vinham a Portugal com alguma frequência. Um deles revelou à Policia o local onde estavam escondidas as armas e os explosivos.
"Os inspectores foram directos ao sítio onde estavam os dois sacos e um embrulho grande que levaram para Coimbra", contou ao JN um habitante da aldeia, adiantando que os policias passaram a noite de terça para quarta-feira, junto à capela.
Um mecânico da Sandoeira - amigos dos homens detidos em França - e a mulher que tem a chave da capela, foram levados para Coimbra pelos inspectores, apenas "para ajudarem a esclarecer algumas coisas", e regressaram nesse mesmo dia a casa.
O assalto à carrinha da Esegur, ocorreu pelas 19.30 horas do dia 18 de Dezembro de 2009. O veículo acabara de sair das instalações da empresa, junto ao Retail Park de Taveiro. A poucas dezenas de metros de entrar na via rápida, foi bloqueada, entre um camião que seguia à sua frente e uma carrinha, atrás, que seriam abandonados no local.
Na berma, aguardavam quatro homens, que montaram explosivos de forte potência, cujo rebentamento, ouvido a pelo menos dois quilómetros dali, abriu um buraco na parte lateral da carrinha. Muitas notas ficaram espalhadas no asfalto.
Foram disparados tiros, mas ninguém ficou ferido.
Na ocasião, a Polícia Judiciária avançava com a hipótese de terem estado envolvidos mais de 10 assaltantes, que acabaram por fugir em automóveis de alta cilindrada e desaparecer. Os inspectores destacaram a sofisticação do assalto, com recurso a armamento militar.»
in JN online, 02-4-2011
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