sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Estado já arrecadou quase €40 milhões de dívidas ao fisco no âmbito da Operação Furacão

«A Operação Furacão deverá permitir ao Estado arrecadar um total de €280 milhões, sendo que cerca de 15 a 20% do processo já está encerrado.



O Estado já arrecadou cerca de 40 milhões de euros de dívidas ao fisco no âmbito do dossier Operação Furacão , o que significa que cerca de 15 a 20% do processo já está encerrado, disse hoje à Lusa fonte judicial.

Segundo a mesma fonte, cerca de "15 a 20% do dossier já está encerrado", através do pagamento, por parte dos arguidos, das dívidas ao Estado, beneficiando assim da suspensão provisória do processo durante dois anos.

A construtora Mota-Engil é uma das empresas envolvidas na operação e já liquidou mais de três milhões de euros.

Porém, segundo as contas do Ministério Público, a empresa ainda tem de pagar mais cerca de um milhão, não estando o total da dívida liquidada, segundo disse a fonte à agência Lusa.

Outras empresas envolvidas no processo estão na mesma situação da Mota-Engil, isto é, já fizeram pagamentos ao fisco, mas existe uma discrepância de valores, não tendo o MP encerrado o processo.

Suspensão provisória do processo

As empresas que pagaram ao Estado o montante em dívida beneficiaram da suspensão provisória do processo durante dois anos.

É previsível que a diretora do Departamento Central de Investigação e Ação Penal, Cândida Almeida, apresente em dezembro próximo um levantamento do que já foi conseguido na Operação Furacão, podendo o dossier ficar encerrado no próximo ano e terminar com, pelo menos, oito acusações, que serão efetuadas em separado, segundo outra fonte ligada ao processo.

A Operação Furacão é um megaprocesso de fraude fiscal que já envolveu centenas de empresas. As primeiras buscas foram feitas em 2005 e levaram à constituição de mais de 500 arguidos, por suspeita de, com faturação falsa, terem colocado no estrangeiro vários milhões de euros, através da utilização de serviços bancários e de outras instituições financeiras.»


in Expresso online, 05-11-2010


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