quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Brasil: Polícias que mataram a juíza Patrícia Acioli já tinham falhado outras tentativa

«Os polícias que assassinaram a sangue-frio em Niterói, Rio de Janeiro, a juíza Patrícia Acioli no dia 11 de Agosto, já tinham tentado matá-la outras vezes. A magistrada, porém, escapou das outras emboscadas ou por pura sorte ou por incompetência dos atrapalhados criminosos de farda.


- Patrícia Acioli -


A informação foi dada por um cabo da polícia, um dos 11 presos pelo crime e o único que confessou ter participado nele, disparando ao mesmo tempo com duas armas contra Patrícia quando ela chegou de carro, perto da meia-noite, ao condomínio onde vivia. O polícia passou a colaborar com a justiça depois de ser ameaçado pelos outros, e fez as revelações em troca de protecção à sua família, que já foi levada para local desconhecido e está com escolta.


Segundo o depoimento dele, o grupo tentou assassinar a juíza pelo menos outras duas vezes, ambas fracassadas. Numa delas, uma emboscada foi preparada numa estrada por onde Patrícia passaria a caminho do tribunal da cidade de São Gonçalo, também na área metropolitana do Rio, de que ela era titular, mas a juíza, por qualquer motivo, decidiu não ir trabalhar nesse dia. Uma semana antes da emboscada mortal, os polícias tinham tentado novamente, desta feita seguindo o carro de Patrícia mas, mostrando incompetência, atrapalharam-se no meio do trânsito ao chegarem a São Gonçalo e perderam-na de vista.


Por isso, continua o cabo, decidiram então executar o plano na casa de Patrícia, mesmo ela vivendo num condomínio vigiado por cãmaras e por guardas. Ainda não se sabe se por acção deles ou mera coincidência, duvidosa num caso como este, no momento do crime nem as câmaras de vídeovigilância estavam a funcionar nem os guardas estavam nas guaritas onde deveriam estar.


Além do cabo, que usou duas das três armas que mataram Patrícia quando ela parou o seu carro junto à porta de casa, estão presos mais nove polícias de baixa patente, e um tenente-coronel, preso na madrugada de terça-feira. O oficial, Luiz Cláudio Oliveira, que na época do crime era o comandante do batalhão da polícia de São Gonçalo, onde estavam lotados todos os presos, é acusado de ter sido o mandante da execução, temendo uma investigação que a juíza fazia sobre ele e homens sob seu comando por vários crimes.»


in CM online, 28-9-2011

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