«Na pequena localidade de Casas Novas, em Colares, Sintra, nada fazia prever à vizinhança que o "simpático" cidadão norte-americano detido pela PJ era um dos criminosos mais procurados nos EUA.
- George Wright, quando foi detido nos anos 70 -
Durante mais de duas décadas, George Wright disfarçou a sua identidade com um nome bem português - José Luís Jorge dos Santos.
No entanto, uma caixa de correio com a inscrição "US mail" (correios norte-americanos) denunciava a nacionalidade do habitante de uma moradia em tudo o resto semelhante às casas vizinhas.
Conhecido por ser "trabalhador" e "um bom vizinho", o norte-americano vivia naquela localidade com a mulher portuguesa, "filha de um general", e com os dois filhos, ambos na casa dos 20 anos.
Paredes meias com a casa do "senhor Jorge", Vítor Louçada considerava-o um "amigo de longa data".
"Só tenho a dizer bem dele desde que veio para cá. Ele é tão boa pessoa e é muito estranha esta história. Era pintor (da construção civil) e já teve um restaurante em Alcabideche", disse o morador à agência Lusa.
Segundo Adelaide Rosa, moradora do local há 33 anos, a casa era visitada "por muita gente" e a família era "muito simpática".
Também Fernanda Tavares, que se mostrou surpreendida com a detenção, realçou as qualidades de "grande pintor" e "profissional".
"Tenho muita pena. Até estou arrepiada. Nunca houve problema nenhum. Sempre foram muito trabalhadores e ele era um grande pintor, muito profissional", descreveu.
No restaurante mais próximo, o proprietário adiantou que "mal conhecia" a família e apenas se recorda de ter visto o norte-americano apenas uma vez, o suficiente para perceber que "falava mal português".
A agência Lusa tentou ainda falar com a mulher de George Wright, Maria do Rosário Valente, que adiantou: "Não tenho nada a dizer, quando tiver será através do meu advogado".»
in JN online, 28-9-2011
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