segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Terminou investigação ao homicídio de Rosalina Ribeiro

«Polícia do Rio de Janeiro deu por concluída a investigação à morte da antiga companheira do milionário Lúcio Tomé Feteira. Ministério Público brasileiro vai decidir se acusa Duarte Lima.

- Duarte Lima -


Quase dois anos depois do misterioso homicídio de Rosalina Ribeiro, que apareceu morta com dois tiros num local isolado dos arredores do Rio de Janeiro, em dezembro de 2009, a Polícia deu a investigação do caso por encerrada.
De acordo com uma fonte da Polícia Federal do Rio de Janeiro (PFRJ), o trabalho dos inspectores da Divisão de Homicídios ficou concluído na última sexta-feira à noite, dia 23 de setembro.

Cabe agora ao responsável pela Divisão de Homicídios da Polícia Federal, o delegado Filipe Ettore, fazer uma proposta de acusação ou arquivamento do inquérito-crime para que, depois disso, o Ministério Público do Rio de Janeiro decida se o processo segue para tribunal.

Duarte Lima apanhado em contradição


Em causa está a possibilidade de o Ministério Público acusar Domingos Duarte Lima, ex-líder parlamentar do PSD e advogado de Rosalina Ribeiro, de homicídio. Nos nove volumes (cerca de mil páginas) que a investigação ocupa, as informações recolhidas pelos inspectores indicam Duarte Lima como suspeito.

Recorrendo a registos de telemóvel e a dados de trânsito, a Polícia considerou como provada a presença de Duarte Lima, na véspera, perto do local do crime, na área de Saquarema, o que entra em contradição com as declarações prestadas pelo advogado pouco depois do homicídio.

Rosalina Ribeiro era secretária e companheira de Lúcio Tomé Feteira, um milionário de Vieira de Leiria que morreu no final de 2000, dando origem a uma longa disputa sobre a sua herança.

Uma carta rogatória recebida pelo Ministério Público em Lisboa, num dos processos-crime originados por essa disputa, revelou no verão de 2009 que Rosalina Ribeiro transferiu, em 2001, cerca de cinco milhões e meio de euros para uma conta de Duarte Lima no banco suíço UBS.

O dinheiro estava depositado originalmente numa conta conjunta de Rosalina e de Lúcio Tomé Feteira. Essas transferências para Duarte Lima fizeram aumentar as suspeitas da Polícia brasileira em torno do advogado.»


in Expresso online, 26-9-2011

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