terça-feira, 27 de setembro de 2011

Homicídio de Rosalina Ribeiro: Duarte Lima apontou herança de Feteira como móbil do crime


«Os advogados de Duarte Lima no Brasil, que tiveram acesso ao inquérito sobre a morte de Rosalina Ribeiro logo no início de 2010, apontaram a disputa em torno da herança de Lúcio Tomé Feiteira como o móbil do crime, tentando condicionar a investigação.




E foram eles que juntaram ao processo uma sentença dos tribunais portugueses relativa à herança, de Dezembro de 2009, e que era favorável a Rosalina, pois dava como provado que vivia em união de facto com Feteira.

Em requerimento junto aos autos, foi esta a arma que os advogados do ex-deputado arremessaram para comprometer, nomeadamente, Olímpia Feteira, filha do milionário português: «Caso tivesse sucesso na demanda, a D.ª Rosalina seria dona de metade dos bens deixados pelo Sr. Lúcio Feteira. Ou, em outras palavras: Olímpia teria que dividir – com D.ª Rosalina – todo o património herdado do pai».

Os advogados João Ribeiro Filho e Maria Medeiros pediram, por isso, o levantamento do sigilo de alguns telefones que estavam no inquérito e que fossem efectuadas diligências de investigação junto do hotel onde Olímpia Feteira estivera alojada, no Rio de Janeiro, dez dias antes de Rosalina Ribeiro ser assassinada (a 7 de Dezembro de 2009).

Para a Polícia brasileira, no entanto, este requerimento revela alguma imaturidade. «Parece coisa de brincadeira, mas não deixa de ser curioso que, tendo acesso ao inquérito onde está o telefone português pré-pago – que na véspera e no dia do crime surge a ligar várias vezes para Rosalina, a última oito minutos antes de ela ter saído de seu apartamento – eles não tenham pedido também o levantamento dos dados desse celular.

Nem após tanta insistência nossa venha ao processo nessa petição esclarecer que carro usou e onde o alugou» – diz uma fonte conhecedora da investigação.»


por Felícia Cabrita, enviada ao Rio de Janeiro
in Sol online, 27-9-2011

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