Olímpia Feteira Menezes, filha do milionário português Lúcio Feteira, disse ontem, ao DN, que não recaem suspeitas sobre ela, nem sobre as restantes pessoas que prestaram esclarecimentos à polícia brasileira - na sequência da morte da secretária e companheira do seu pai. "Digo-o porque recebi essa informação de alguém que falou com a polícia do Rio de Janeiro."
A cabeça de casal da herança sublinhou, no entanto, o facto de sobre Duarte Lima, o advogado português de Rosalina Ribeiro, continuarem a existir algumas dúvidas. "Segundo fui informada, Duarte Lima é o único que ainda tem de responder a algumas questões, através de carta rogatória", disse a herdeira.
A polícia brasileira continua a efectuar diligências naquele país para entender como foram as derradeiras horas de vida da vítima. Em declarações ao DN, as autoridades disseram ter levado a cabo, nos últimos dias, mais algumas diligências para descobrir o local onde Duarte Lima terá alugado o carro em que transportou Rosalina Ribeiro desde a sua residência, no Rio de Janeiro, até Maricá.
"Fizemos novas buscas às locadoras [empresas de aluguer de carros], mas voltámos a não ter sucesso", garantiu a polícia carioca.
Em Dezembro, num fax enviado por Duarte Lima à Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, podia ler-se que o advogado se deslocou de Belo Horizonte até ao Rio para ter uma reunião com a sua cliente e que só aí tomou conhecimento de que Rosalina tinha marcado um outro encontro em Maricá. No documento, o advogado esclarece que se ofereceu para fazer o transporte até essa cidade.
Duarte Lima terá viajado mais de mil quilómetros ao volante de um veículo, do qual, alegadamente, não se recorda da marca nem do modelo. Quem o garante é a polícia, que acrescenta ainda que "Duarte Lima nem sequer responde se o veículo era a gasolina, a gasóleo ou a álcool."
"Na carta rogatória que elaborámos, obviamente incidimos sobre esta questão do automóvel que foi usado, porque para fazer aquela distância [os mais de mil quilómetros] foi necessário colocar, nem que fosse uma vez, combustível", salientou a polícia carioca.
Segundo a mesma fonte, as últimas acções realizadas, sem sucesso, prendiam-se com a tentativa de identificação do carro alugado, bem como do local onde esse aluguer foi feito.
Sobre a investigação, que está a ser desenvolvida pelas autoridades brasileiras, Olímpia Feteira Menezes garante que está a ser feito um óptimo trabalho e reitera a sua total disponibilidade para colaborar. "Eu soube que sobre mim não recai nenhuma suspeita, mas acho normal que a polícia me tenha investigado, porque isso é sinal de que está a ser feito um bom trabalho", disse Olímpia, revelando que sempre teve a sua consciência tranquila.
Normando Ventura, o advogado brasileiro de Rosalina Ribeiro, diz também estar confiante na investigação que a Delegacia de Homicídios está a desenvolver e frisou que, contrariamente àquilo que já foi avançado por alguns órgãos de comunicação, nunca fez parte da lista de suspeitos.»
in DN online, 11-9-2010
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