sábado, 11 de setembro de 2010

Homicídio de Rosalina Ribeiro: Filha do milionário Tomé Feteira confia no trabalho da polícia brasileira

«A filha do milionário Tomé Feteira diz já ter sido informada de que sobre si não recai qualquer suspeita a propósito do homicídio de Rosalina Ribeiro e salienta que confia na investigação.



Olímpia Feteira Menezes, filha do milionário português Lúcio Feteira, disse ontem, ao DN, que não recaem suspeitas sobre ela, nem sobre as restantes pessoas que prestaram esclarecimentos à polícia brasileira - na sequência da morte da secretária e companheira do seu pai. "Digo-o porque recebi essa informação de alguém que falou com a polícia do Rio de Janeiro."

A cabeça de casal da herança sublinhou, no entanto, o facto de sobre Duarte Lima, o advogado português de Rosalina Ribeiro, continuarem a existir algumas dúvidas. "Segundo fui informada, Duarte Lima é o único que ainda tem de responder a algumas questões, através de carta rogatória", disse a herdeira.

A polícia brasileira continua a efectuar diligências naquele país para entender como foram as derradeiras horas de vida da vítima. Em declarações ao DN, as autoridades disseram ter levado a cabo, nos últimos dias, mais algumas diligências para descobrir o local onde Duarte Lima terá alugado o carro em que transportou Rosalina Ribeiro desde a sua residência, no Rio de Janeiro, até Maricá.

"Fizemos novas buscas às locadoras [empresas de aluguer de carros], mas voltámos a não ter sucesso", garantiu a polícia carioca.

Em Dezembro, num fax enviado por Duarte Lima à Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, podia ler-se que o advogado se deslocou de Belo Horizonte até ao Rio para ter uma reunião com a sua cliente e que só aí tomou conhecimento de que Rosalina tinha marcado um outro encontro em Maricá. No documento, o advogado esclarece que se ofereceu para fazer o transporte até essa cidade.

Duarte Lima terá viajado mais de mil quilómetros ao volante de um veículo, do qual, alegadamente, não se recorda da marca nem do modelo. Quem o garante é a polícia, que acrescenta ainda que "Duarte Lima nem sequer responde se o veículo era a gasolina, a gasóleo ou a álcool."

"Na carta rogatória que elaborámos, obviamente incidimos sobre esta questão do automóvel que foi usado, porque para fazer aquela distância [os mais de mil quilómetros] foi necessário colocar, nem que fosse uma vez, combustível", salientou a polícia carioca.

Segundo a mesma fonte, as últimas acções realizadas, sem sucesso, prendiam-se com a tentativa de identificação do carro alugado, bem como do local onde esse aluguer foi feito.

Sobre a investigação, que está a ser desenvolvida pelas autoridades brasileiras, Olímpia Feteira Menezes garante que está a ser feito um óptimo trabalho e reitera a sua total disponibilidade para colaborar. "Eu soube que sobre mim não recai nenhuma suspeita, mas acho normal que a polícia me tenha investigado, porque isso é sinal de que está a ser feito um bom trabalho", disse Olímpia, revelando que sempre teve a sua consciência tranquila.

Normando Ventura, o advogado brasileiro de Rosalina Ribeiro, diz também estar confiante na investigação que a Delegacia de Homicídios está a desenvolver e frisou que, contrariamente àquilo que já foi avançado por alguns órgãos de comunicação, nunca fez parte da lista de suspeitos.»

in DN online, 11-9-2010

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