quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Assassino de Rosalina Ribeiro recrutado onde Duarte Lima aterrou (post actualizado)

«Polícia procura homicida de Belo Horizonte, onde advogado chegou dois dias antes do crime. Matador é a chave para chegar ao mandante do crime.



A polícia brasileira acredita ter em mãos elementos que a vão conduzir ao assassino de Rosalina Ribeiro – executada com dois tiros na noite de 7 de Dezembro de 2009, numa estrada perto de Maricá, a 60 quilómetros do Rio de Janeiro. Este homem, que é a chave para chegar ao mandante do crime, terá sido recrutado em Belo Horizonte, na cidade onde o advogado da vítima, Duarte Lima, aterrou dois dias antes da morte da sua cliente.

Rosalina, 74 anos, disputava parte na herança do milionário Feteira, de quem fora secretária e amante. A sua morte está relacionada com os milhões envolvidos. Os investigadores seguiram pistas deixadas pelo homicida e tiveram em conta a execução: dois tiros – um na cabeça, outro no peito – é o método usado no Estado de Minas Gerais, não na zona do Rio.

Segundo a polícia, o advogado português esteve três vezes no Brasil em 2009 e sempre em Belo Horizonte. A 3 de Setembro do ano passado, Lima chegou a Belo Horizonte e partiu no dia 14 do mesmo mês. Em 21 de Novembro, regressou a Belo Horizonte e só deixou o país no dia 31. Na última viagem, Lima viajou para o Brasil a 5 de Dezembro e voltou a aterrar na capital mineira. Foi a partir dali que, num carro alugado do qual não se recorda, a 7 de Dezembro, fez mais de 400 quilómetros até ao Rio, onde se encontrou com Rosalina, à noite, perto da Praia do Flamengo. Duas horas depois, a portuguesa foi morta. Lima diz que esteve meia hora num café com a cliente e que a deixou em Maricá, com uma mulher loura, misteriosa, que ninguém conhece.

JUDICIÁRIA VAI CONDUZIR INTERROGATÓRIO

A carta rogatória da polícia brasileira com as 193 perguntas dirigidas a Duarte Lima, que chegou anteontem ao Ministério Público, ficou entregue à 13ª secção do DIAP de Lisboa, tendo sido já ontem remetida à Secção de Homicídios da Polícia Judiciária de Lisboa, cujos investigadores estão agora a analisar o seu conteúdo para interrogar o advogado português nos próximos dias. Duarte Lima será notificado para se apresentar nas instalações da rua Gomes Freire, onde deverá fazer-se acompanhar do seu advogado, Germano Marques da Silva.

NÃO SE RECORDA DO CARRO QUE DIZ TER ALUGADO

A polícia brasileira quer saber porque razão Duarte Lima foi três vezes ao Brasil em 2009. E, principalmente, todos os pormenores sobre a sua estadia, desde que aterrou em Belo Horizonte, Minas Gerais, até à deslocação ao Rio de Janeiro, no dia 7 de Dezembro, quando Rosalina Ribeiro foi assassinada. Entre outros pormenores sobre a noite do crime, os investigadores querem saber tudo sobre o carro que Lima diz ter alugado no Brasil e onde o alugou, sobre os cartões de crédito que utilizou e sobre os telemóveis com os quais comunicou durante esses dias.»




in CM online, 23-9-2010

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