«O ex-casapiano Pedro Namora mostrou-se, à chegada ao tribunal onde será lida a sentença do caso Casa Pia, convicto de que todos os arguidos serão condenados e disse esperar que hoje mesmo voltem à prisão.
Assumindo-se "emocionado" com a chegada do fim de um processo que classificou como "demasiado longo", Pedro Namora - um dos rostos das denúncias de abusos sexuais na instituição - revelou que muitas das vítimas não conseguiram dormir esta noite, tamanha é a ansiedade.
"Estes jovens andam à procura de justiça há oito anos", referindo-se às vítimas de abusos sexuais na Casa Pia, algumas das quais estarão hoje, sexta-feira, presentes no Campus da Justiça e às quais Pedro Namora pretende dar "um grande abraço".
O coletivo de juízes presidido por Ana Peres, coadjuvada por Lopes Barata e Ester Santos, deverá proferir a decisão sobre a inocência ou culpa dos sete arguidos, acusados de crimes de abuso sexual, acto sexual com adolescente e lenocínio, entre outros.
O início da sessão, que decorre no Campus da Justiça, em Lisboa, está marcado para as 9.30 horas. O fim da leitura da decisão não tem hora prevista, dependendo do consenso a que as partes chegarem quanto à leitura integral ou abreviada do acórdão.
O ex-casapiano aproveitou para criticar "alguma comunicação social que, nestes últimos dias, tem preferido "revelar os destinos paradisíacos das férias dos arguidos em vez de falar do sofrimento das vítimas".
Adelino Granja, outro dos rostos das denúncias de abusos sexuais na Casa Pia, também já se encontra no interior do tribunal, tendo chegado minutos depois da ex-provedora da instituição Catalina Pestana.
Na última meia hora foi possível observar o aumento da presença de agentes policiais no local e imediações.
Em tribunal respondem os arguidos Carlos Silvino, ex-motorista da Casa Pia, o ex-provedor da instituição Manuel Abrantes, o médico João Ferreira Diniz, o advogado Hugo Marçal, o apresentador de televisão Carlos Cruz, o embaixador Jorge Ritto e Gertrudes Nunes, dona de uma casa em Elvas onde alegadamente ocorreram abusos sexuais.»
in JN online, 03-9-2010
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