quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Provas de abusos sexuais de menores em casa de Francisco Leitão, suspeito de triplo homicídio na Lourinhã

- O suspeito regressou a casa acompanhado por agentes da PJ -


«Inspectores da Polícia Judiciária (PJ) realizaram, durante o dia de ontem, buscas em casa do homem suspeito da morte de duas raparigas e um rapaz, na Lourinhã. Procuravam indícios de abusos sexuais de menores, no âmbito de outros processos de que o homem é alvo.

Mais de um mês depois da sua detenção, Francisco Leitão, 43 anos, regressou ontem à sua residência em Carqueija. Chegou por volta das 10.30 horas, acompanhou de perto as diligências dos inspectores e abandonou o espaço, algemado, pelas 18 horas.

Segundo apurou o JN, estas buscas dizem respeito a vários processos de abusos sexuais de menores, cujo principal suspeito é Francisco Leitão. Durante as várias horas que permaneceram na habitação, os inspectores da Unidade Nacional de Combate ao Terrorismo da PJ procuraram fortalecer a prova nestes processos, o que poderá revelar-se fundamental para sustentar a “motivação sexual” dos três crimes de homicídios (duas raparigas e um rapaz) de que Francisco é suspeito.

Fonte ligada ao processo contou que a Polícia levou da residência do suspeito “um saco preto com objectos”, não querendo contudo especificar de que tipo. A mesma fonte explicou que os inspectores “percorreram a casa, afastaram das paredes armários e inspeccionaram algumas estantes e gavetas”, desconhecendo contudo o que foi retirado da habitação.

Segundo apurou o JN, dois inspectores da PJ, munidos de um mandado, entraram na residência pelas 9 horas. O suspeito chegaria pelas 10.30 horas, acompanhado de mais inspectores, dos seus advogados e de um representante do Ministério Público.

Presenças que foram pouco percebidas na aldeia de Carqueija. Sem ninguém nas ruas, Francisco saiu algemado da sua casa, por volta das 18 horas entrou numa viatura da Polícia que se encontrava estacionada à porta. Lá dentro, no pátio, encontravam-se mais quatro veículos, alguns dos quais pertencentes à PJ.

O suspeito manteve-se sempre calmo, apesar de se encontrar com o rosto inchado devido a uma infecção nos dentes. Almoçou bifinhos com natas, o seu prato preferido, e ainda conseguiu estar algum tempo com a família que reside no rés-do-chão da habitação.

Francisco Leitão foi detido pela Polícia Judiciária a 20 de Julho, pela suspeita da morte de três pessoas, cujos corpos ainda não foram encontrados.

Está detido preventivamente nas instalações da PJ, em Lisboa, sendo que a sua medida de coacção (prisão preventiva) aplicada pelo juiz de instrução criminal do tribunal de Torres Vedras, será revista em Outubro, três meses após a detenção como a lei prevê.»
in JN online, 02-9-2010

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