A fadista portuguesa Maria Alcina, amiga de Rosalina Ribeiro, nunca a ouviu falar de uma mulher chamada Gisele, com quem Duarte Lima a terá deixado em Mariacá, a 60 quilómetros do Rio de Janeiro. No depoimento que enviou por fax à polícia brasileira, o advogado português refere que Rosalina e Gisele se "tratavam com muita familiaridade e estima". Maria Alcina, uma das pessoas mais próximas da vítima, disse ontem ao DN que nunca ouviu falar "dessa Gisele ou mesmo de uma amiga loura desconhecida".
No fax que Duarte Lima remeteu para o Brasil, e que o DN ontem revelou, o advogado descreve a mulher que a polícia brasileira procura há meses: "Era uma senhora de cabelos loiros, com óculos de aro escuro, com idade entre os 45 e 50 anos e estatura mediana. Tanto quanto a sra. D. Rosalina me disse durante a viagem, a sra. D. Gisele levá-la-ia de volta ao Rio de Janeiro depois da reunião. Verifiquei que a sra. D. Rosalina e a sra. D. Gisele se tratavam com muita familiaridade e estima."
"Não posso declarar que tal pessoa não existe, mas que estou intrigada, estou", declarou Maria Alcina, que garante ter sido muito próxima da amante de Lúcio Feteira. "Rosalina falava sempre comigo, mesmo quando estava em Portugal e, quando se encontrava no Brasil, me telefonava não menos de três ou quatro vezes por dia. Contava-me quem havia encontrado, para quem ligou e me dava até detalhes das suas idas à feira livre do Flamengo, aos sábados. Praticamente sabia de todos os seus encontros pessoais e de gente com quem tinha intimidade e nunca ouvi falar dessa loura", disse Maria Alcina.
A fadista portuguesa, que vive há 57 anos no Brasil e foi já ouvida como testemunha no processo, foi uma das pessoas que esteve no funeral de Rosalina, poucos dias antes do Natal de 2009.»
Texto in DN online, 19-8-2010
Imagem in Google
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