A polícia brasileira considera que os depoimentos que Duarte Lima prestou, via fax e telefone, sobre o caso Rosalina Ribeiro, não são satisfatórios e "ainda criam mais dúvidas". Após procurar aquela que seria a principal suspeita em todo este caso - uma loira "fantasma" mencionada pelo advogado português - sem qualquer sucesso, Duarte Lima surge agora como suspeito para as autoridades daquele país. O advogado do português, Germano Marques da Silva, diz que "Duarte Lima nunca foi suspeito."
A companheira do milionário Lúcio Tomé Feteira, foi assassinada com dois tiros no dia 7 de Dezembro de 2009, após uma alegada reunião com o seu advogado e conselheiro português, Duarte Lima. O corpo foi encontrado no dia seguinte à beira de uma estrada em Saquarema, a cem quilómetros do Rio de Janeiro - "num local que só dá por ele quem conhece a área", afirmou fonte policial brasileira ao DN.
Durante todos estes meses, Duarte Lima sempre se mostrou disponível para colaborar com as autoridades brasileiras, mesmo antes de lhe ser solicitado qualquer esclarecimento. Até disso a polícia desconfia. No fax enviado à 9.ª delegacia do Rio de Janeiro, logo no dia 12 de Dezembro, o advogado conta como foi o suposto encontro e deixa até os seus contactos pessoais para qualquer dúvida que surja na investigação. Mas a verdade é que as autoridades não consideram nenhum desses esclarecimentos satisfatórios e Duarte Lima é visto pela polícia brasileira como a chave deste caso.
"As declarações dele não só não são satisfatórias como ainda nos deixam mais dúvidas. O cerco em torno dele começa a apertar", disse a mesma fonte.
As autoridades brasileiras querem, assim, chamar o advogado e conselheiro de Rosalina Ribeiro a depor no Brasil e esclarecer as dúvidas (ver caixa). Quanto à deslocação de alguns elementos da Polícia Judiciária portuguesa ao Brasil, a polícia do Rio de Janeiro revelou ao DN que "há fortes probabilidades de isso acontecer." A Polícia Judiciária já recebeu alguns documentos enviados pela Brigada de Homicídios que está a investigar o caso no Brasil. Só assim será possível abrir um inquérito também em Portugal.
O DN tentou, sem sucesso, contactar Duarte Lima. Já o seu advogado, Germano Marques da Silva, disse ontem ao DN que "Duarte Lima nunca foi suspeito e se for tem de ser notificado como tal, o que nunca aconteceu". Referiu ainda que "se a polícia não está satisfeita, que faça mais perguntas." O representante legal de Duarte Lima referiu ainda que "os jornais portugueses estão a fazer uma telenovela" com este caso.»
in DN online, 23-8-2010
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