sábado, 17 de julho de 2010

Funcionário da Câmara de Pombal assume desvio de cerca de meio milhão de euros

«Um funcionário da Câmara de Pombal reconheceu ter desviado pelo menos meio milhão de euros de uma conta bancária da autarquia, de acordo com um comunicado divulgado hoje pelo município.





O executivo reuniu hoje de emergência para analisar o caso detetado sexta feira pela própria Câmara de Pombal e que implica um funcionário dos serviços de contabilidade.

No final da reunião, nem o presidente da autarquia, Narciso Mota (PSD), nem a oposição socialista prestaram declarações, alegando que “o caso se encontra em segredo de justiça”.

O executivo camarário emitiu, após a reunião, um comunicado, confirmando o desfalque.

“O município de Pombal detetou”, dia “16 de julho de 2010, cerca das 20 horas, desvio de dinheiros públicos de uma conta bancária de que é titular e cujo montante ainda não se encontra apurado”, refere a nota.

Assim que teve conhecimento da situação, a câmara participou, “de imediato”, às “autoridades competentes, para averiguações”, acrescenta o comunicado.

O montante desviado não inclui “quaisquer verbas provenientes de fundos comunitários”, refere o mesmo comunicado, assegurando que os factos ocorridos “não comprometem as obrigações financeiras do município de Pombal”.

O funcionário em causa “assumiu os atos praticados, tendo-lhe sido instaurado um processo disciplinar” e estando já “suspenso das suas funções”, adianta.

O suspeito foi, entretanto, ouvido pela Polícia Judiciária hoje de manhã, disse à agência Lusa o diretor da Diretoria de Coimbra da instituição de investigação criminal, Rui Almeida.

O funcionário autárquico será ouvido por um magistrado do Ministério Público de Pombal, na segunda feira, adiantou aquele responsável policial.

A Câmara de Pombal ainda não analisou todos os extratos de conta desde o início do ano, pelo que “só no princípio da próxima semana” poderá ser apurado o montante exato do desfalque, disse à Lusa uma fonte da autarquia, que admitiu que o valor desviado possa ser superior a 500 mil euros.»

Texto in http://www.destak.pt/, 17-7-2010

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