quarta-feira, 21 de julho de 2010

Torres Vedras: Familiares e curiosos permanecem junto ao tribunal onde está a ser ouvido suspeito de triplo homicídio



«Mais de uma centena de pessoas, entre os quais alguns familiares de duas das três alegadas vítimas do suspeito de triplo homicídio em Torres Vedras permaneceram hoje à porta do tribunal da cidade na expetativa de verem o alegado homicida.

“Isto é um caso que não deixa ninguém indiferente. Provoca consternação a toda a gente”, disse à agência Lusa Fátima Bento, uma das pessoas que, embora não conhecendo nem as vítimas nem o alegado autor do homicídio, compareceu junto ao tribunal de Torres Vedras algumas horas antes da chegada do suspeito.

O suspeito começou hoje a ser ouvido pelo juiz de instrução criminal António Luciano Carvalho depois de ter sido detido, na madrugada de terça feira, por suspeita da morte de três jovens, duas raparigas de 16 e 27 anos, e um rapaz, de 22 anos, alegadamente por motivos passionais.

Fátima Bento justificou a sua presença junto ao tribunal com a necessidade de mostrar solidariedade para com as famílias – “também sou mãe” -, assegurando que “não vinha a pensar fazer justiça pelas próprias mãos como muita gente aí gostaria de fazer, e que às vezes é o que dá vontade”.

Uma tia de Joana, a jovem de 16 anos que era dada como desaparecida desde março, conseguiu chegar perto do suspeito no momento da entrada deste para o tribunal, pouco depois das 14:30.

“Ainda cheguei perto dele, mas agarraram-me”, relatou a familiares, recusando falar com os jornalistas.

A entrada do suspeito no tribunal gerou a indignação de familiares e populares, “ludibriados” por uma manobra policial que fez crer que chegaria pelas traseiras do edifício, tendo afinal entrado pela frente.

“Protegeram o assassino. Sabiam que a família (das vítimas) estava do outro lado e trouxeram-no por aqui”, afirmou uma das populares que acompanhou a correria das traseiras para a frente do tribunal.

“Isto é uma coisa fora do normal. Nunca vi uma coisa assim”, disse à Lusa Olívia Chagas, confessando que foi para a porta do tribunal porque “ouviu na televisão” e mora perto.

O suspeito começou a ser ouvido a meio da tarde pelo juiz de instrução criminal, que ditará as medidas de coação a que ficará sujeito.»
Texto Lusa, 21-7-2010

1 comentário:

  1. para este tipo de crime , nao so haveria pena maxima como castração!
    É revoltante ainda terem direito a defesa, deveria ser torturado até revelar o que fez aos corpos.

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