domingo, 28 de junho de 2009

Cartaxo: Judiciária investiga cadáver carbonizado dentro de carro

«A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar a morte de um indivíduo encontrado ontem de madrugada carbonizado no interior de um carro nos arredores do Cartaxo, existindo suspeitas de que poderá tratar-se de homicídio. Um jovem de 23 anos foi dado como desaparecido depois de uma festa que acabou de madrugada.

Segundo fonte do Destacamento de Trânsito da GNR de Santarém, o caso foi reportado às 05.20 e o carro encontrava-se num caminho de terra ao lado da Estada Nacional n.º 3, na zona do Gaio, perto do Cartaxo.

Diversos indícios levantaram suspeita de que se poderá tratar de um homicídio, pelo que o caso foi entregue à PJ de Lisboa que apenas confirmou ao DN que foi "dado início ao inquérito, pelo que o caso está em segredo de justiça", recusando-se a adiantar quaisquer outros elementos sobre o caso.

Porém, ao que o DN apurou, existem suspeitas de que o corpo do indivíduo poderá ter sido colocado dentro do carro já depois de morto, após o que alguém terá ateado fogo à viatura.

O alerta foi dado à GNR quando foram detectadas as chamas, mas quando a Guarda e os Bombeiros do Cartaxo compareceram no local já encontraram o carro completamente destruído pelo fogo e o cadáver carbonizado e irreconhecível.

Os investigadores avançaram de imediato para o terreno, mas a identificação do cadáver terá de aguardar pelas perícias do Instituto de Medicina Legal de Lisboa. No entanto, o DN apurou que ontem de manhã foi apresentada queixa pelo desaparecimento de um morador do lugar de Casais Lagartos, concelho do Cartaxo, bem como de uma viatura - que poderá corresponder ao carro destruído pelas chamas.

A queixa foi apresentada pelo irmão do jovem de 23 anos logo no sábado de manhã. O familiar afirmou que tentou ligar para o telemóvel do irmão e não conseguiu contacto. Hélio Cruz, empregado numa fábrica de telhas na Azambuja, esteve numa festa com amigos numa discoteca do Cartaxo até cerca das 04.00 e depois disso ninguém mais soube do seu paradeiro. O DN apurou que não lhe são conhecidas inimizades ou conflitos que pudessem fazer suspeitar de que poderia ser alvo de algum acto violento.

A identificação do cadáver terá de aguardar pelos resultados das perícias da Medicina Legal. Durante toda a manhã de ontem, investigadores da Polícia Judiciária estiveram no local a reunir provas e a analisar o carro, o cadáver e o troço de estrada de terra batida onde se deu o caso. Só perto do meio-dia, a Judiciária deixou o local, permitindo que os muitos populares se aproximassem do carro que foi depois removido pelas autoridades. »

in DN online, 28-6-2009

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