terça-feira, 16 de junho de 2009

Telheiras, Lisboa: Vigilante amarrado e sequestrado em balneário

«Amarrado e com a boca cheia de papel para não gritar. Foi assim que o vigilante de um ginásio de Telheiras, em Lisboa, passou mais de três horas em aflição enquanto três assaltantes, encapuzados e armados, arrombavam a caixa multibanco das instalações.

O caso aconteceu na madrugada de domingo, pela meia-noite. Três homens munidos com uma faca e com uma arma de fogo conseguiram entrar nas instalações do Mega Craque clube, no Alto da Faia.

O trio foi surpreendido pelo vigilante - ao serviço de uma empresa de segurança contratada - mas não voltou atrás. "Agrediram o homem até ele perceber que não estavam a brincar", disse ao DN fonte policial.

A vítima, de 55 anos, foi amarrada e enfiada dentro do balneário. E, para que os seus gritos não fossem audíveis do exterior, os assaltantes encheram-lhe a boca com papel.

Ainda assim o vigilante ouviu o que os homens fizeram durante mais de três horas. A vítima contou à polícia que os ouviu trocar impressões e percebeu que dois deles seriam brasileiros e um português. Mas não lhes viu a cara, porque eles tiveram o cuidado de ir encapuzados. Aliás, o próprio ginásio dispõe de sistema de videovigilância.

Os assaltantes estiveram cerca de três horas a abrir a caixa multibanco com uma máquina de corte. Pelo meio dos trabalhos, um dos assaltantes ainda foi ter com o vigilante. "Tirou-lhe o papel da boca e deu-lhe água", disse a mesma fonte. Depois, voltou a tapar a boca.

Já perto das 04.30 de domingo, os assaltantes roubaram o telemóvel ao vigilante e fugiram com o dinheiro da caixa - uma quantia ainda não apurada. Tentavam, assim, evitar que o homem pedisse ajuda rapidamente.

O vigilante só conseguiu soltar as amarras que o prendiam meia hora depois. Deslocou-se a uma cabina telefónica, também dentro do ginásio, e telefonou para o 112. "Não tinha dinheiro sequer", disse a fonte policial.

O homem sofreu algumas escoriações, mas não necessitou de ser hospitalizado. A Polícia Judiciária foi chamada ao local, para recolher vestígios do crime.

O vigilante desconhece o carro usado pelos assaltantes, porque só os viu dentro do ginásio. Ainda assim, a PJ levou a gravação captada pelo sistema de videovigilância, para tentar captar mais algum pormenor dos suspeitos.

Naquela noite não foi registado mais nenhum assalto do género na Divisão da PSP de Benfica. O DN contactou com o clube, mas os funcionários desconheciam o caso.»

in DN online, 16-6-2009

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