terça-feira, 23 de junho de 2009

Loures: Juiz solta violador de gémeas menores

«O predador sexual era visita de casa das duas irmãs gémeas, de 13 anos. Casado com uma prima das meninas, jantava diariamente com elas, em Loures. E sem que a sua mulher ou os pais das vítimas se apercebessem – até porque só as atacava à porta da escola, passeando-as de carro. O camionista abusou das crianças ao longo de vários meses, levando-as a apaixonarem-se por ele, até que a secção de combate a crimes sexuais da PJ de Lisboa o prendeu na última sexta-feira. Presente ao juiz, foi libertado.

O pai das raparigas começou por estranhar tantas visitas para jantar daquele primo emprestado – até porque a família tem fracos recursos económicos. Assim, as refeições lá em casa acabaram. Mas nem deste modo a perseguição do pedófilo, 26 anos, abrandou. Começou a trocar mensagens por telemóvel com as irmãs gémeas e marcou vários encontros com elas. Esperava-as à porta da escola e levava-as de carro para sítios isolados, onde abusava delas.

Normalmente abordava as vítimas em separado, mas chegaram a estar juntas com o predador. Aproveitava-se do facto de ambas se terem apaixonado por ele. Trocava carícias e beijos com uma das meninas, mas, com a outra, que chegava a faltar às aulas para estar com ele, mantinha relações sexuais.

A mulher do agressor e a família das menores nunca se terão apercebido de nada. Entretanto, há algumas semanas as duas crianças foram retiradas aos pais pela Comissão de Protecção de Menores, por não terem condições para as criar. As irmãs foram internadas num colégio e, ao se aperceberem de que algo não estava bem com as crianças, os psicólogos insistiram com elas, chamando a PJ.

A secção de combate a crimes sexuais da PJ de Lisboa conseguiu que as crianças denunciassem o abusador e este foi detido na última sexta-feira. Confessou parcialmente, mas, interrogado pelo juiz, em Loures, este mandou-o em liberdade.

PRISÃO ATÉ OITO ANOS
O detido é suspeito do crime de abuso sexual de crianças, punido com pena de um a oito anos de prisão efectiva.

MENORES NO COLÉGIO
As irmãs continuam internadas num colégio, mas visitam os pais ao fim-de-semana.»

in CM online, 23-6-2009

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