segunda-feira, 15 de junho de 2009

Universidade de Coimbra: Economista desviou 93 mil euros

«Um economista é acusado de ter desviado uma verba superior a 93 mil euros da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), onde trabalhava. Segundo a acusação do Departamento de Investigação e Acção Penal de Coimbra, o arguido recorreu "de modo reiterado", entre 1997 e 2004, a "vários expedientes" para se apropriar das verbas.

Falsificou contratos de bolsa, desviou montantes do fundo de maneio de projectos de investigação, criou uma empresa fictícia para emitir facturas à FCTUC e usou o nome de familiares e antigos bolseiros para passar recibos verdes, como se correspondessem a serviços prestados. Ao longo da investigação, os inspectores da Directoria do Centro da Polícia Judiciária verificaram que algumas das verbas eram depositadas em contas suas ou tituladas por familiares, às quais tinha acesso.

No caso dos contratos de bolsa fictícios, o economista, de 45 anos, que era responsável pelo Gabinete de Apoio a Projectos, usava nomes de investigadores estrangeiros que já tinham sido bolseiros, mas que não mantinham à data qualquer ligação à instituição, alguns nem estavam em Portugal. Depois de introduzir esses contratos forjados no sistema contabilístico, recebia as verbas correspondentes. São também referidos casos de desvio de cheques emitidos a bolseiros, após falsificação das assinaturas.

Outro 'expediente' descrito na acusação é a apropriação de montantes entregues pela FCTUC, a título de fundo de maneio, para os coordenadores de projectos. O economista receberia as quantias, forjando as assinaturas dos docentes. O mesmo terá acontecido com os remanescentes que deveriam ter sido devolvidos à FCTUC.

Em determinado momento, o arguido terá até inventado uma firma do ramo da informática para emitir facturas que apresentava à FCTUC, sem que estas correspondessem a serviços prestados.

CRIMES
O economista é acusado de peculato, falsificação de documento e branqueamento, todos na forma continuada.

NOVE ANOS
O arguido trabalhou na FCTUC de 1995 a 2004, ano em que o contrato foi rescindido.»

in CM online, 15-6-2009

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