segunda-feira, 22 de junho de 2009

Direcção Regional de Educação do Norte suspende professor acusado de abusos sexuais

«Famalicão, 22 Jun (Lusa) - A Direcção Regional de Educação do Norte suspendeu, esta tarde, "de todas as funções", o professor acusado de abuso sexual de menor dependente e da posse de pornografia infantil, disse à Lusa fonte da protecção de menores.

A Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) suspendeu "de todas as funções lectivas e não lectivas" o professor suspeito de ter abusado sexualmente de um menor que estava sob a sua tutela, referiu.

O docente leccionava na Escola Básica 2, 3 Júlio Brandão, em Vila Nova de Famalicão, e estava destacado como representante do Ministério da Educação da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Famalicão.

"A suspensão chegou esta tarde e tem efeitos imediatos, por um período de 90 dias", referiu fonte da escola.

A mesma ordem chegou, pouco depois, a Cármen Araújo, presidente da comissão local da CPCJ.
O professor foi detido pela Policia Judiciária após a denúncia feita por um rapaz de 16 anos, que estaria a ser vítima de abusos sexuais.

Luís B. está indiciado pela prática dos crimes de abuso sexual de menor dependente e da posse de pornografia infantil e está obrigado a apresentar-se periodicamente às autoridades.

A suspensão indicada pela DREN apenas se fará sentir na Comissão de Protecção de Crianças e Jovens.

Na escola onde leccionava e dava aulas de apoio a alunos com dificuldades de aprendizagem, o final do ano lectivo fez com que o docente deixasse de ter contacto com crianças e jovens.

Na CPCJ, o professor pertencia ao conselho restrito, composto por sete elementos, que gere os processos de promoção tutelar de menores, tendo responsabilidades acrescidas no combate ao abandono escolar.

A Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Famalicão está a analisar 350 processos.
O professor, agora suspenso, era um dos sete elementos da comissão que tinha acesso a todas as informações constantes nos processos.

"Ele sabia tudo, lia tudo e conhecia todas as decisões sem qualquer tipo de restrição", finalizou um membro da CPCJ.»

in Expresso online, 22-6-2009

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