sexta-feira, 26 de junho de 2009

Porto: Morta por recusar sexo

«Suspeito ainda terá abusado da vítima, toxicodependente, depois de a espancar à pedrada.
A recusa de sexo pode ter estado na origem da morte, a murro e à pedrada, de uma jovem toxicodependente, de identidade ainda desconhecida, anteontem, na Rua de Grijó, no Porto. O alegado homicida foi detido e confessou.

A violência aconteceu num terreno baldio, na zona da Boavista, por baixo do viaduto de acesso à Via de Cintura Interna, frequentado diariamente por toxicodependentes. Foi ali, ao início da noite de anteontem, que a vítima - aparentando ter entre 20 e 30 anos - e o agressor se encontraram para um "negócio" de droga.

Segundo o JN apurou, o suposto agressor, empregado de hotelaria, de 38 anos e residente no Porto, terá proposto à mulher a entrega de estupefaciente e dinheiro a troco de sexo. Os dois chegaram a deslocar-se para um "recanto", mas algo correu mal. A vítima terá, a dado momento, recusado sujeitar-se a determinadas práticas sexuais e gerou-se uma discussão. Envolveram-se em confronto e o homem, também toxicodependente, agrediu-a com murros e depois com uma pedra na cabeça, o que a fez cair.

Com a jovem ensanguentada e supostamente inconsciente, o indivíduo cobriu-lhe a cabeça com uma camisola e terá continuado a manter sexo com ela. Entretanto, algumas pessoas que tentaram impedir os abusos foram insultadas e alvo de pedras arremessadas pelo agressor.

O empregado de hotelaria tentou fugir, mas foi detido pela PSP nas imediações e entregue à Polícia Judiciária. Confessou o crime. Foi ontem presente ao Tribunal de Instrução Criminal do Porto e fica em prisão preventiva.

Quando as equipas médicas chegaram ao local, de difícil acesso (junto a um riacho), já nada havia a fazer. Frequentadores do terreno, no qual são visíveis, entre o lixo acumulado, várias embalagens de seringas, disseram, ao JN, desconhecer a identidade da mulher. "Não sei quem é.

Há muita gente que cá vem injectar-se", revelou um jovem, lembrando que, na noite anterior, viu na zona "três carros-patrulha, uma ambulância e dois carros da Polícia à civil". "Puseram fitas em todo o lado e não deixaram ninguém passar", acrescentou.

Já os moradores lamentaram o facto de o terreno estar convertido há muito tempo numa "sala de chuto". "Passa por aí todos os dias um carro, com três ou quatro homens, que vão para debaixo do viaduto, com sacos na mão", contou um residente, desconfiando que haja tráfico de droga. »

in JN online, 26-6-2009

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