terça-feira, 9 de junho de 2009

Escola da Fontinha, Porto: Pai insulta e agride dentro de escola

«Um homem barricou-se, esta segunda-feira, com o filho de cerca de 4 anos, na Escola da Fontinha, no Porto. Tem antecedentes criminais e está proibido pelo tribunal de ver o filho. À entrada da escola insultou e agrediu várias pessoas.

Um homem, na casa dos 30 anos, esteve, ontem, fechado durante cerca de uma hora numa das salas da Escola da Fontinha, no Porto, com o filho menor. O indivíduo está separado da mãe do referido aluno e, segundo os habitantes da Rua de Raul Dória, onde se situa a escola, tem antecedentes criminais.

Eram 17.11 horas quando Monteiro Moreira chamou a Polícia. "Ele entrou na escola, bateu na mulher, insultou as pessoas e levou o filho arrastado", afirmou. "Eu ainda tentei puxá-lo para fora da escola, mas não consegui", acrescentou o morador.

Quem por ali passa diz que o tribunal deu a guarda do menino de quatro anos à mãe e impediu o pai de ver a criança. Ontem, o homem dirigiu-se à Escola da Fontinha, onde o filho se encontrava, e os ânimos exaltaram-se. "Ele agarrou no pescoço da mulher e empurrou-a contra as grades", afirmaram os moradores indignados.

As crianças saíram da escola por volta das 17.30 horas e, quando a confusão começou, já alguns pais estavam no pátio. Carla Viegas estava com o filho ao colo. "Ele aproximou-se de mim e insultou-me com os piores nomes", contou. "Viu a porta aberta e entrou com o filho (para o edifício)".

Luís Moreira garante que ele é "referenciado pela Polícia" e que "a escola está avisada para não o deixar entrar".

Depois de ter sido chamado à atenção, o homem terá ainda insultado várias outras pessoas e agredido um funcionário da Segurança Social a trabalhar na escola.

Pouco passava das 18 horas quando o agressor saiu no carro da PSP. "É uma vergonha, demoraram mais de meia hora a chegar", gritavam alguns moradores à saída da Polícia. Outros, indignados, diziam: "Vai passar lá a noite e amanhã já está cá fora". A mulher e a criança saíram de táxi "É um menino muito traumatizado por causa do pai", afirmava Fátima Brandão.

Fátima Lopes vive numa das casas da rua e salienta a falta de policiamento. "Há situações destas a acontecer aqui todos os dias e a Polícia só vem cá passar multas", contou. E acrescentou "Toda a gente faz o que pode para haver mais policiamento, mas não adianta". Esta é a segunda vez que uma situação destas acontece na escola com aquele pai. "Ele já veio cá antes, mas nunca foi assim", concluiu Fátima Lopes. »

in JN online, 09-6-2009

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