«O Tribunal de Idanha-a-Nova pôs em liberdade um alegado violador preso pela PJ sem que tenha sido sujeito a primeiro interrogatório.
O homem foi detido na terça-feira pela Polícia Judiciária (PJ), mas o tribunal deixou passar "por minutos" o prazo de 48 horas de detenção em que poderia interrogá-lo e aplicar medidas de coacção, referiu a mesma fonte, ligada à investigação.
"O indivíduo foi detido terça-feira depois das 17:00. O tribunal foi contactado e marcada a audição para quinta-feira às 14:00". O detido esteve presente, "mas a diligência começou às 17 e muito. Foi uma questão de minutos" que determinou o fim do prazo, acrescentou a fonte, sem apontar explicações para o atraso.
De acordo com Abel Cardoso, advogado do suspeito, na diligência realizada numa sala de audiências, a juíza ditou para a acta "um despacho a dizer que já não era ouvido, porque tinha havido ali um pormenor técnico por parte do tribunal", referiu, sem concretizar.
Esgotado o prazo de detenção, o indivíduo acabou por ser libertado quinta-feira à tarde.
Segundo a fonte da PJ, a situação "não será tão normal quanto isso", mas há a convicção de que "o facto de o suspeito ter saído em liberdade não representa perigo, nem põe em causa a investigação já feita", que agora está nas mãos do Ministério Público.
A Agência Lusa tentou obter esclarecimentos junto do Tribunal de Idanha-a-Nova sobre esta situação, mas tal não foi possível.
O indivíduo, com 55 anos de idade, casado e reformado, tem antecedentes criminais de violência doméstica e é suspeito da prática de um crime continuado de violação, de que foi vítima uma menor, actualmente com 16 anos de idade, segundo a Judiciária.
Os factos ocorreram na zona de Idanha-a-Nova, durante Setembro e Outubro de 2008. O detido fazia prevalecer o facto de ser patrão do pai da vítima, que era pastor e cuja família, a quem dava casa, dependia totalmente dele, de acordo também com a PJ.»
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in JN online, 05-6-2009
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