«Um grupo de assaltantes altamente profissionais conseguiu desactivar o sistema de alarme de um banco, entrar nas instalações e aceder ao cofre de abertura retardada, onde se encontrava todo o dinheiro do banco. O assalto aconteceu na dependência do Banco Popular, em Ribeirão, Famalicão, durante a noite de ontem. Desconhece-se quantos eram, sabe-se apenas que muitos dos pormenores do roubo milionário se repetiram. Outro assalto idêntico foi conseguido nos primeiros dias de Abril na dependência do Banco Português de Investimento em Águeda.
Mais uma vez, os ladrões também não deixaram rasto. Mas dadas as dificuldades de acesso e a dimensão do assalto, as autoridades acreditam que tenham sido pelo menos três homens, que lá estiveram pelo menos três horas.
Entraram pelas traseiras, utilizando um andaime roubado de uma obra a decorrer no terreno ao lado. Conseguiram desactivar os alarmes e, já no interior, taparam os sensores de movimento para que não disparassem o alerta. Provocaram depois um corte de energia na zona junto ao cofre e, com uma rebarbadora, entraram na zona do dinheiro.
À saída, voltaram a revelar profissionalismo. Destruíram as câmaras de vigilância e todo o sistema que teria permitido a obtenção de imagens. Não fizeram qualquer ruído e ninguém na vizinhança se apercebeu do assalto.
A GNR de Famalicão esteve no local, mas o caso deverá ser encaminhado para a PJ do Porto, dado que têm competência exclusiva neste tipo de crimes.
ASSALTO SEMELHANTE EM ÁGUEDA
Em Abril deste ano, o BPI de Vale do Grou, em Águeda, também foi alvo de um assalto durante o qual os ladrões roubaram o cofre da dependência. Actuaram sem deixar rasto, uma vez que desligaram o sistema de alarme, destruíram algumas câmaras de videovigilância e levaram outras. Na altura, a Polícia Judiciária registou o "alto grau de profissionalismo " dos assaltantes, considerando que o aparato e a perícia do grupo foram "praticamente inéditos e já não se via há muitos anos neste tipo de assaltos".
O crime pareceu premeditado, já que os assaltantes agiram como se conhecessem muito bem o local. Partiram a porta lateral e, de luvas, derrubaram a parede que protegia o cofre. Foi tudo muito silencioso, pelo que ninguém os viu fugir, até porque, às segundas-feiras à noite, as fábricas nos arredores não estão em laboração. Só quando os funcionários chegaram de manhã é que se aperceberam e alertaram as autoridades.
COM LUVAS PARA NÃO DEIXAR VESTÍGIOS
Os assaltantes usaram luvas e não deixaram vestígios. Também se desconhece o valor que terá sido roubado, mas tudo indica que possa ser elevado, dado que este tipo de assaltos é bastante proveitoso. Ainda segundo o CM apurou, este roubo poderá ter sido cometido por estrangeiros, dada a sofisticação e a raridade com que acontece no País.
Só o conhecimento detalhado do sistema de alarmes permitiria que o mesmo fosse desactivado. Também teriam de saber onde se encontrava o sistema de gravação das imagens, já que não bastaria a destruição das câmaras. A zona escolhida também não terá sido por acaso. Riberão é uma pequena freguesia de Famalicão e o local onde se encontra o banco está longe da zona residencial. Ao lado há uma fábrica e um stand que estavam fechados.
CONHECIAM O LOCAL
O grupo actuou como se já conhecesse bem o local. Sabiam por onde aceder e como sabotar o sistema de segurança.
DESTRUÍRAM CÂMARAS
Com profissionalismo, desactivaram o sistema de alarme e destruíram as câmaras de vigilância e ainda provocaram corte de energia para entrar no cofre.
NÃO FORAM VISTOS
Na vizinhança ninguém se apercebeu do assalto. Só ficaram a saber quando viram as viaturas da GNR à porta do banco. »
in CM online, 10-6-2009
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